“O valor das coisas não está no tempo que duram mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Fernando Pessoa
A RA 100 Arroios tem o prazer de apresentar "Eterno Instante", uma exposição individual de fotografias de Catherine Morisseau.
A inauguração com a presença da artista tomará lugar no dia 1 de Março, a partir das 19h.
A exposição estará patente até dia 24 de Março.
A inauguração dará lugar a um sorteio, umas performances cine-pianisticas e um jantar descontraído para quem quiser prolongar o momento.
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Eterno instante
Fotografia, Cinema, Música, Poesia e Pintura, cinco linguagens indissociáveis e complementares na expressividade de Catherine Morisseau. Pode-se afirmar a presença da música e da poesia nas suas fotografias: o ritmo, o espaço, os sons, assim como ruídos, silêncios, pausas, harmonias e dissonâncias em tempos lentos ou mais breves...
Esta exposição de fotografia surge na sequência de um Projecto criado, desenvolvido e vivido, dia-a-dia por Catherine Morisseau com base na sua ideia em fotografar com a máquina fotográfica Lubitel, uma sua antiga glória mas inseparável, que lhe completa expressividade nos seus registos em imagem. Na sua contínua experimentação e ensaios em, criar um seu muito próprio indefinido poético. Com a espontaneidade e imperfeições voluntárias, assumindo como na música o improviso, partilhando nas suas fotografias, imagens com um certo “ruído” e textura visual componentes naturais de um olhar inovador na continua renovação no despertar de melodias etéreas.
Do processo criativo prolongado em tempo, paciência, perseverança e a coragem que fazem parte da construção de uma selecção criteriosa em constante e atenta experimentação são qualidades e características muito próprias de autor nos seus limites em cada imagem, assumindo evolução e uma vivência pessoal diária por seu próprio risco.
Fica portanto feito o convite ao público para uma jornada poética, em navegar e revisitar os limiares da abstração como, à semelhança da música abstracta por natureza, remetendo para a ideia de uma realidade sem contornos, numa linguagem sem forma, uma verdade sem corpo, uma perfeição sem tempo... Enfim, um conceito de Eternidade.
Uma Eternidade captada num instante, breve, efémera, irrepetível. Um eterno instante.
