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Arlindinho

Arlindinho

O artista brasileiro Arlindinho é um dos cabeças de cartaz do Espaço Folião do Carnaval de Ovar 2018. Filho do consagrado e reconhecido Arlindo Cruz, que também já atuou no Carnaval de Ovar, Arlindindo vem a Portugal, ao Carnaval de Ovar, homenagear o pai e mostrar que filho de peixe não pode ser peixinho, tem que ser tubarão. 

Nem sempre as crias nascem com o talento dos criadores. Até porque, quando os criadores são consagrados e bem sucedidos na sua profissão, ao contrário do pensamento corrente, a conquista da cria para alcançar o seu espaço, torna-se árdua, pois as comparações são inevitáveis.

Arlindo Neto, o terceiro Arlindo da mesma família, não é diferente: com o nome do pai e do avô sambistas, não tem como seguir sem ser notado.

Fruto do amor de um poeta com uma bailarina, Arlindo Neto nasceu prematuramente (aos seis meses de gestação), em 24/11/91, sob o signo de Sagitário. Coincidentemente este é também o dia de Santa Cecília, protetora dos músicos e véspera do dia da Porta Bandeira.

Em seus primeiros passos, com sete ou oito anos, Arlindo Neto, preferia os instrumentos de percussão, tal qual o seu tio e padrinho Acyr Marques, tocando tantã e repique com a mão esquerda.

Em seguida despontou a sua paixão por samba-enredo que ouviu desde o berço, por ter sempre acompanhado a sua mãe Babi, até hoje grande referência na arte de porta-bandeira.

Assim, Arlindo Neto descobriu que o seu destino seria seguir os passos do pai, cumprindo a difícil tarefa de compor, tocar e interpretar a música mais popular do nosso Brasil: o samba.

Hoje, aos 21 anos, já tem uma pequena, porém rica história:

• Desfilou a primeira vez no Império do Futuro, aos onze anos.

• Aos treze anos compôs seu primeiro samba-enredo para a escola mirim Estrelinha da Mocidade, onde sagrou-se campeão.

• Ainda aos treze anos estreou como interprete da mesma escola no desfile mirim da Marquês de Sapucaí.

• Continuou na Mocidade por mais cinco anos, sendo promovido a segundo intérprete oficial desta escola de samba.

• Participou, cantando, do primeiro e do segundos DVDs do pai, “Pagode do Arlindo” e “Arlindo Cruz ao vivo (MTV)

• Na mesma época convidou o pai para ser parceiro de um samba iniciado por ele que tinha um titulo bem sugestivo: “Bom Aprendiz”, revelando assim o talento de compositor ao seu maior crítico, Arlindo Cruz.

• Em 2010, aos dezessete anos (contra o desejo de seus pais), se engajou nas disputas de samba-enredo, sendo vitorioso na sua segunda disputa, consagrando-se assim o compositor mais jovem de samba-enredo da historia do carnaval carioca, pela União da Ilha.

• Em 2011 foi bicampeão pela mesma agremiação.

• Paralelamente, convidou outros amigos de infância, filhos de grandes sambistas, para juntos formarem o grupo “Bambas de Berço”, onde pode experimentar novas experiências de estúdio e palco. Este grupo durou pouco mais de dois anos, tempo suficiente para que Arlindo Neto desenvolvesse um desempenho e um domínio especiais no palco, mantendo uma empatia perfeita com o publico, numa demonstração de competência maior que a sua experiência.

• Para o carnaval de 2012, ganhou, em parceria com Arlindo Cruz, o samba-enredo em homenagem a Dona Ivone Lara no Império Serrano.

Passando pelo aval de outros mestres, como: Tio Zeca, Tia Beth, Tio Jorge Aragão, Tio Andrezinho e tantos outros grandes sambistas, consolidou a certeza de que a renovação do samba estava garantida com esse nome: Arlindo Neto.

Sem pular nenhuma etapa de uma carreira brilhante e promissora, segue pelo caminho do conhecimento próprio. Quebrando a cabeça, desafiando, encarando as dificuldades, entendendo ao percorrer a sua estrada que “samba não se aprende no colégio” como disse Noel Rosa.

Podendo assim seguir o esquadro do seu pai Arlindo quando este diz “aconselho a você que seja sambista também”.

Arlindo Neto, por sua formação, conhece a obra de todas as gerações do samba, levando isso para o seu repertório: canta Mestre Candeia, Cartola, Noel Rosa, Dona Ivone Lara, entre outros. Passa pela renovação do samba dos anos oitenta, quando seu pai foi revelado e eternizado. Sai do círculo do chamado samba de raiz quando seleciona sambas de João Bosco, Chico Buarque, Tim Maia, Djavan. Até que chega à sua obra e a dos seus parceiros de geração.
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