19:30 até às 22:30
A criação e o artista: como separar a obra do seu criador?

A criação e o artista: como separar a obra do seu criador?

5€
Exibição do filme "A Rapariga de Parte Nenhuma", de Jean-Claude Brisseau
seguida de debate com Cíntia Gil e Vasco Câmara
Moderação de Luís Mendonça

Bilhetes: 5 euros
https://medeia.bol.pt/

Temos vindo a assistir, nos últimos anos, a uma multiplicação do que Manuel S. Fonseca chamava na sua crónica “O Cinema Dá o que a Vida Tira” [Expresso], de “caneladas na liberdade artística”. Mais do que isso, algumas, recentes, têm mesmo posto os objectos artísticos fora do jogo (a censura de um nu de Egon Schiele num cartaz público, uma petição para que uma pintura de Balthus fosse retirada do MET em Nova Iorque, o cancelamento, por imposição política, das retrospectivas de Roman Polanski ou Jean-Claude Brisseau na Cinemateca Francesa, etc. Têm surgido, a par disto, alguns textos que fazem uma revisão da leitura de obras consideradas “primas” - nomeadamente Blow-Up, de Antonioni -, e as condenam agora por “moralmente” inaceitáveis).

Porque sempre achámos que é no espaço público que os assuntos devem ser discutidos, a Medeia Filmes organiza, com o site À Pala de Walsh, uma sessão em que convidados e espectadores discutirão estas questões.

No dia 24 de Janeiro, às 19h30, no Espaço Nimas, exibiremos o último filme de Jean-Claude Brisseau distribuído em Portugal: A RAPARIGA DE PARTE NENHUMA (2012), Leopardo de Ouro no Festival de Locarno, e que figurou em muitas das listas dos melhores filmes do ano. Brisseau que, assombrado pelas suas duas condenações em tribunal por assédio sexual a actrizes, viu cancelada recentemente uma retrospectiva da sua obra na Cinemateca Francesa.

A seguir à projecção do filme, o walshiano Luís Mendonça modera um debate sobre  “A criação e o artista: como separar a obra do seu criador?”, com a directora do festival DOC Lisboa, Cíntia Gil, e o crítico e editor do jornal Público Vasco Câmara.

Na sessão será ainda apresentado o livro O Cinema Não Morreu — Crítica e Cinefilia À Pala de Walsh, ed. Linha de Sombra, no qual, Ricardo Gross escreve precisamente sobre A Rapariga de Parte Nenhuma, de J-C Brisseau, que “funciona como súmula da sua obra inteira”, e de “um medir de forças com algo superior a nós por via da criação, como refere a frase de Van Gogh que Brisseau mostra […]”.

Org.: Medeia Filmes / À Pala de Walsh
Apoio: Leopardo Filmes, Linha de Sombra
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