Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
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Na primeira sessão de dezembro da rubrica HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA PORTUGUÊS, apresentamos uma das óbvias revelações da “geração de oitenta” do cinema português: NUVEM, de Ana Luísa Guimarães, rodado em 1989 e estreado em Veneza em 1991, e até hoje filme único da autora. Um elo importante na história do nosso cinema que urge relembrar após longo silêncio (última projeção na Cinemateca em 1999), para ver numa sessão especial com a presença da realizadora. Sobre a sessão 04/12/2017, 18H30 | SALA LUÍS DE PINA HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA PORTUGUÊS NUVEM de Ana Luísa Guimarães com Afonso de Melo, Rosa de Castro André, Guilherme Filipe, São José Lapa Portugal, França, 1991 - 99 min | M/12 Com a presença de Ana Luísa Guimarães Na segunda metade dos anos oitenta, uma série de primeiras longas-metragens feitas por ex-alunos da escola de cinema, algumas delas nascidas numa produtora efémera mas com lugar histórico no nosso cinema (a Trópico Filmes, que tanto está por trás de NUVEM como por exemplo de UMA RAPARIGA NO VERÃO de Vítor Gonçalves ou de O SANGUE de Pedro Costa), correspondia a um dos atos de renovação mais consistentes ocorridos no cinema português desde os que tinham sido empreendidos pelas diversas vagas do Cinema Novo. NUVEM, o único dos filmes da Trópico que, até hoje, ficou como opus único de quem o realizou, partilhava com os restantes um rigor e um cuidado de realização, senão também uma mistura de sonho e de negrume e um inescapável romantismo, que, à época, foram generalizadamente sublinhados. História de marginalidade portuguesa, esta era mais uma história de jovens que, tal como os protagonistas de THEY LIVE BY NIGHT de Nicholas Ray, “nunca foram devidamente iniciados no mundo em que vivemos”.
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