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Homenagem às Mulheres Assassinadas nas Relações de Intimidade

Homenagem às Mulheres Assassinadas nas Relações de Intimidade

HOMENAGEM ÀS MULHERES ASSASSINADAS 2017
- Uma árvore erguida, por cada mulher caída –

Entre 1 de Janeiro e 20 de Novembro de 2017 morreram, em Portugal, 18 mulheres assassinadas no contexto de relações de intimidade.
Queremos, com esta plantação simbólica de carvalhos, homenagear as mulheres assassinadas por maridos, companheiros, ex-companheiros, namorados, mostrando que estes crimes hediondos têm de ter fim.
A inspiração para a UMAR plantar carvalhos, homenageando mulheres que lutaram pelos seus direitos, partiu de um e-mail enviado por Paula Tavares (1972-2009), activista ambientalista e feminista, à sua mãe, em 2002:
Ontem a Verónica foi-me mostrar um carvalho muito antigo que foi plantado pelas sufragistas aqui na Escócia. Houve muitos anos de luta aqui para que as mulheres pudessem votar. Acho que elas estavam mesmo muito organizadas. O carvalho foi plantado em 1918 por elas próprias como símbolo dessas lutas que duraram várias décadas, penso eu. Acho também que é uma boa ideia, fazermos isso em Portugal, quando a questão do aborto estiver resolvida. Com alguma sorte os fundamentalistas não descobrirão vários carvalhos. Por isso, temos de plantar vários (e secretos).
Esta forma de ligação das questões ambientalistas às feministas foi concretizada pela UMAR como forma de homenagear feministas republicanas em Lisboa - Angelina Vidal, no Jardim Botânico da Ajuda e Carolina Beatriz Ângelo, no Parque Urbano da Bela Vista. Também no Norte, a historiadora Fina D’Armada, associada da UMAR, entretanto também falecida, estimulou a plantação de carvalhos, em homenagem a mulheres republicanas, afirmando que a plantação de árvores era uma prática dos tempos da I República, feita especialmente pelas mulheres para celebrar acontecimentos. 
Os carvalhos são árvores fortes, resistentes ao fogo e às intempéries mais diversas. As mulheres vítimas de femicídio são, em muitas situações, resistentes de anos e anos a muitas formas de violência nas suas vidas. 
Resistir e agir é a palavra de ordem neste momento.
                                                            Adaptado de Manuela Tavares

As árvores utilizadas nesta homenagem serão plantadas, em época própria, no Concelho de S. Pedro do Sul, Distrito de Viseu, um dos mais afetados pelos grandes incêndios do Verão e Outono de 2017.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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