Em Cada Lar Moderno Um Coração Destroçado, de João Fonte Santa

Em Cada Lar Moderno Um Coração Destroçado
Exposição de João Fonte-Santa
Igreja de São Vicente
1 a 30 de novembro > 7 de dezembro [nova data]


Em Cada Lar Moderno Um Coração Destroçado é uma exposição de desenhos fotorealistas, a grafite sobre papel de médio/grande formato, cujo título resulta de uma citação do tema In Every Dream Home a Heartache da banda pop britânica Roxy Music.
A exposição é parte de um projecto em desenvolvimento que resultada de uma longa recolha de imagens não iconográficas ou míticas, que arquivo e a partir das quais  selecciono as que vou desenhando, no sentido de construir uma breve História dos séculos XX e XXI .

Percebendo que o projecto só se encontrará encerrado, e com ele a História que pretendo contar, num hipotético futuro, a selecção que apresento na Igreja de São Vicente é orientada entre dois polos, a saber por um lado o poder ( político, económico, militar ) como forma de ostentação, em contraponto ao quotidiano ( o consumismo, o medo e o (neo) colonialismo). Nas margens do projecto surgem ruínas: de formas industriais, de armamento, de outrora petulantes centros comerciais.

Pretende-se que o processo de transposição fotorealista através da grafite para o desenho, provoque um novo objecto que consiga distender poeticamente no tempo, a banalidade do momento fotográfico e que através da justaposição narrativa das várias imagens expostas permita uma noção da história como um processo acumulativo, do qual cada um de nós é ao mesmo tempo sujeito e actor.

João Fonte Santa
Novembro 2017





João Fonte-Santa (Évora, 1965)
Vive e trabalha em Lisboa.
 Estudou Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade Clássica de Lisboa. 
Começando por se dedicar à produção gráfica underground em fanzines autoeditados iria orientado progressivamente o seu trabalho para a pintura e o desenho. 
O trabalho de João Fonte Santa orientado a partir de um intenso banco de referencias de cultura popular, contemporâneas e eruditas,  produz um corpo de trabalho que sendo visualmente excitante procura tornar visíveis as relações da mecânica do poder político. 
 Expõe regularmente desde meados dos anos 90.


Um projecto da Colecção B
Com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, da Fundçaão Eugénio de Almeida e da Câmara Municipal de Évora.