Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão
Parque de Sinçães - Vila Nova de Famalicão Ver website
Exposição de pintura de Raquel Fortes e José António Passos Inauguração 2 de Dezembro às 17h00 Patente até dia 31 de Janeiro Produzir cérebro em decifração ininterrupta, corporificar silêncios etológicos, fender o sensório-motor, transformar o invisível no visível, viver a estética do esquecimento, explorar o improvisado metamórfico, esponjar aventuras existenciais, expressar singularidades, advir nas infinitas variações compositivas da natureza que se reinventa no impensável por meio de múltiplas dimensões do tempo, ampliando campos de possibilidades e desterritorializações dos pontos afetivos entre os planos do caos e as potências afirmativas da diferença: estamos dentro de linhas plásticas em experimentação contínua, de forças cartografantes intensificadoras de mapas semióticos (coexistências a-significantes religa-nos aos ritornelos do acontecimento)! Estranha iluminação dos feixes de forças que agitam as singularizações das perspetivas com os fluxos larvares que deixam passar outros fluxos grávidos de expressões impercetíveis, entrelaçando sensações nómadas, captadoras de paradoxalidades intempestivas. Phaneron é uma transgeografia dinâmica do aformal, é uma miríade de sentidos tensionados, é uma transdução de heteronímias, é uma arquitetura de espaços acontecimentais, é um movimento de extrema vitalidade, dançado pelas dobras do figural e do geometral imanentes ao ritmo autopoético da vida! Phaneron arranca as qualidades intensivas não atualizadas, escuta o incomensurável na regerminação do mundo, força o pensamento a pensar o inesperado e o impossível, traça territórios da tragicidade em jubilação, atinge visões inobjectiváveis em devir, arremessa zonas problemáticas, desfaz identidades e representações, constrói topologias em transição. Phaneron é uma potência mutante, uma síntese disjuntiva ritmável que capta as irradiações do acaso com novas enciclopédias (conceitos em fractalização): aqui-agora, os pintores não usam cores mas forças afetivas que são signos indiscerníveis do sensível, sismógrafos contemplativos da interrupção dos instantes que nos fazem acontecer como uma multiplicidade de mónadas, de micropercepções inconscientes (tornámo-nos artistas da nossa própria vida, gerámos tempo fora das cronologias, produzimos eternidade)! Luiz-Strauss Scorza
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