10:00 até às 00:00
Out There [piː] [eɪ] hits

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escuta & play em: http://radiomanobras.pt/2017/11/08/out-there/

curadoria de Ana Rocha, Jorge Gonçalves e Pedro Rocha

artistas OUT THERE [piː] [eɪ] hits 
Pedro Tudela, Ricardo Jacinto, Nicholas Bussmann, Maile Costa Colbert & Rui Costa e Alejandra Salinas & Aeron Bergman

colaboração 
Café Ceuta, Passos Manuel, Centro Comercial Bombarda, Maus Hábitos - Espaço de Intervenção Cultural, Café Candelabro, Mão Esquerda - Vintage & Second Hand's first, Kate Skateshop, Musi Meios, Gelataria Doxa, Barbearia Porto, Duas de Letra, Inktoxica, Galeria Patch Lifestyle Concept Store, senhor PRUDÊNCIO e Rádio Manobras

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Os altifalantes são talvez dos mais primários interfaces entre o corpo, o ar e a eletricidade. A sua presença nas relações situacionais entre a tecnologia audio e o espaço social é vasta e concorre para a formação de topografias de ar maquinado.

Produzidos em série e de variadas formas e feitios, os altifalantes existem nos mais diversos lugares, constituindo-se parte integral da tecnologia que é empregue nos processos da arquitetura social das representações audio. No entanto, infiltrados pelas lógicas de transparência e utilidade universal da produção em massa, eles assumem um carácter próximo de uma invisibilidade instrumental.

A audição está imediatamente sujeita à nossa mente, memória e imaginação. Ela pode tornar-nos mais vulneráveis a sugestões. Para além disso, implícita na base intersubjetiva do audio está uma forma de contrato social de crenças, como a que nos faz acreditar que algo de um momento e/ou lugar original é transferido quando difundida uma gravação ou uma voz, envolvendo isto uma transubstanciação. 

Por todas estas razões, a tecnologia audio tem sido um veículo de eleição para formas de comunicação e alinhamento social, verificando-se a sua grande penetração na esfera pública.

Neste programa, convidamos à produção de um trabalho sonoro/audio para ser difundido em sistemas de audio públicos existentes na cidade do Porto e presentes no dia-a-dia da cidade como em lojas comerciais, estações de metro, parques de estacionamento, elevadores, entre outros. Este trabalho junta-se, rompe e/ou sobrepõe-se às várias outras camadas audio existentes no quotidiano podendo revestir-se de relevos vários. 

Queremos assim destrivilalizar e usar o que aí existe, "out there", na esfera pública, deitando mão quer aos seus recursos tecnológicos quer às potencialidades do audio, na forma particular como se dirige a nós e se pode constituir enquanto arquitetura social efémera capaz de nos mudar de formas pouco acessíveis a outros meios.


Artistas convidados: Alejandra Salinas & Aeron Bergman, Maile Colbert & Rui Costa, Nicholas Bussmann, Pedro Tudela e Ricardo Jacinto.

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As respostas dos artistas:

Alejandra Salinas & Aeron Bergmann

"Utopian Impulse”  4’21’’ e 6’16’’, 2017
Requiem e Missa de Pedro de Escobar, com reverberação e distorção via software Adobe.
Os dois temas foram concebidos para serem difundidos em edifícios de arquitetura modernista da cidade do Porto, entre os quais o da Garagem Passos Manuel (no Maus Hábitos) e o do Coliseu do Porto (no Passos Manuel).

Maile Colbert & Rui Costa

“O fumo lá fora”, 40’14’’, 2017

A expressão “out there” é frequentemente usada em referência a lugares fora da cidade, podendo traduzir diferentes emoções, da saudade à nostalgia, da preocupação ao desejo. Desse “out there” chegaram às cidades de Portugal e da Califórnia nuvens de fumo e com elas o medo e o sentimento de impotência. “O fumo lá fora” é composto a partir de gravações sonoras realizadas no norte de Portugal e no norte da Califórnia.


Nicholas Bussmann

“Revolution Songs In An AI Environment”, 2017

Bussmann apresenta um conjunto de oito temas correspondentes a versões instrumentais de hinos revolucionárias de várias partes do globo: Revolução Americana (1775), Revolução Islâmica (1778), Revolução Francesa (1789), Revolução Alemã (falhada) (1848), Comuna de Paris (falhada) (1871), Revolução Russa (1917), Revolução Coreana (1949), Revolução Cultural Chinesa (falhada) (1966).
As versões são interpretadas por um disklavier passando o fervor revolucionário destas canções para as mãos do toque “frio” de um piano automático.


Pedro Tudela

“OUT_pt”, 13’03’’, 2017
Sabendo que a peça sonora vai ser disseminada em lugares extrínsecos e discriminados, “OUT_pt" pretende auscultar situações sonoro-atmosférica-musicais que relacionem o espaço interpretativo num ciclo de tempo previsivelmente ou mesmo consequentemente diegético.


Ricardo Jacinto

“333 partes e 37 segundos: para violoncelo solo”, 1´22´´, 2017

Partes e Duração:
solo para qualquer pessoa com qualquer instrumento

Partitura:
Colocar o instrumento na horizontal. Distribuir vários microfones de contacto pelo seu corpo e, gravando todos os sinais separadamente, esmagá-lo o mais lentamente possível, com máxima pressão, a uma velocidade constante. Organizar todos os fragmentos em grupos e apresentá-los disciplinadamente. Difundir
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