21:30 até às 23:30
Armine, Sister: Teatr Zar, Grotowski Institute

Armine, Sister: Teatr Zar, Grotowski Institute

Armine Sister 
Teatr Kzar Grotowski Institute
21 e 22 de Novembro ás 21h30
23 de Novembro ás 16h00
Teatro Ibérico

*
Actores / Músicos | Performers: 
DAVIT BAROYAN; DITTE BERKELEY; PRZEMYSŁAW BŁASZCZAK; ALESSANDRO CURTI; JAROSŁAW FRET; MURAT İÇLINALÇA; DENGBESZ KAZO; ARAM KEROVPYAN; VAHAN KEROVPYAN; KAMILA KLAMUT; ALEKSANDRA KOTECKA; SIMONA SALA; OREST SHARAK; MAHSA VAHDAT; MARJAN; VAHDAT; TOMASZ WIERZBOWSKI

Workshop de canto modal | Modal song studio led by: 
ARAM KEROVPYAN

Colaboração vocal | Vocal collaboration: 
Virginia Pattie Kerovpyan

Cenografia realizada pela equipe de Piotr Jacyk | Sets built by a team led by Piotr JACYK: 
MACIEJ MĄDRY; KRZYSZTOF NAWÓJ; PAWEŁ NOWAK; BARTOSZ RADZISZEWSKI; ANDRZEJ WALADA

Luzes | Lights: 
MACIEJ MĄDRY

Coordenação do projecto | Project coordination: 
MAGDALENA MĄDRA

Dramaturgia musical, arquitectura de performance | Musical dramaturgy, installation, direction : 
JAROSŁAW FRET



*Espectáculo dedicado à história, cultura e ao genocídio do povo arménio*

A intenção original do espectáculo era ser uma apresentação, em que nós não chamamos aqueles que já faleceram, mas os espíritos dos mortos clamam por evidência e a leitura de traços. O título, Armine, Sister, são supostas ser as primeiras palavras de uma carta sem endereço claro, destinada a percorrer o tempo e o espaço.
Tendo em mente a perspectiva que ele desenhou para a poesia, a arte e até mesmo a educação após Auschwitz Theodor W. Adorno, gostaríamos de lhe fazer a pergunta: " Será que o século XXI tem a chance de não se tornar a era de ignorância?"
Através do novo espectáculo, estamos tentando fazer uma pergunta sobre a Europa, agindo na crença de que a Europa é uma pergunta - histórica, de identidade, e dignidade. Uma das ideias básicas de Armine, Sister é abordar o tabu e a falsificação da história confrontados com o dever de testemunhar.
Enquanto trabalhamos na performance, recordamos repetidamente a fuga da morte de Paul Celan, na qual os sonhos dos perpetradores e vítimas sonham-se num só espaço. O espaço do espectáculo e a mostra da memória, como o espaço do sono, que é habitado por milhares de vidas. Armine, Sister, toca a questão de quão doloroso o processo de recordar as memórias pode ser.
É também uma tentativa de identificar / desafiar nosso lugar perante as gerações passadas e tentar entender quem somos - sempre estando do outro lado da memória, como do outro lado de uma câmera fotográfica. O nosso olho ainda observa a história através de uma lente: um traço, uma sombra, um pensamento ...
O show é a primeira manifestação da nova actividade do grupo - WITNESS / ACTION.
Witness/Action tenta definir um novo modelo presente nas artes cénicas; mas não tenta criar um novo modelo neste domínio, mas sim tenta encontrar um modo além da categoria estética em direção a uma perspectiva ética, baseando-se na convicção de que toda situação performativa entre o performer e actor e o receptor e espectador torna-se um conexão benéfica, que, por meio da arte, busca em fazer perguntas relacionadas à dignidade e identidade humana. Witness/Action está em oposição à passividade da arte moderna e sua exclusão dos desafios mais importantes que moldam a nossa consciência.

*Para co-criar o novo show, convidamos músicos que representam diferentes tradições musicais da Ásia Menor, Anatólia e Irão, e que encontramos durante as nossas viagens. Os músicos que participaram da nova performance foram os seguintes: Dengbesz Kazo, cantor curdo nascido em Van, Murat İçlinalç, mestre de canto na Igreja de São Gregório, o Iluminador em Istambul, Mahsa e Marjan Vahdat cantoras de Teerão, e Vahan Kerovpyan, compositor e percussionista nascido em uma família de origem arménia em Paris. Também trabalhamos com a cantora Virgínia Pattie Kerovpyan. O colaborador mais importante na realização de Armine, Sister é Aram Kerovpyan - um mestre de canto na Catedral Arménia em Paris, originário de Istambul.
Aram Kerovpyan, nasceu em Istambul, e estudou o canto litúrgico na Igreja Arménia ainda como um menino. Ele aprendeu a tocar o kanun e estudou as técnicas da música do Médio Oriente com o mestre Saadeddin Öktenai. Em 1977 mudou-se para Paris, onde dedicou-se inteiramente à música, tocando com muitos músicos do Médio Oriente. Em 1980, ele juntou-se ao Ensemble de Musique Arménienne, que depois mudou seu nome para Kotchnak. Desde então, a música arménia se tornou a principal área de sua pesquisa, especialmente o sistema de escalas modais de canções litúrgicas. Em 1985, ele fundou a banda de canções litúrgicas arménias chamado Akn. Em paralelo ao seu trabalho, o músico participa em conferências e seminários, realiza palestras na Europa e América do Norte, e publica regularmente artigos e obras sobre a teoria da música modal arménia. Ele é doutorado em Musicologia. Desde 1990, ele é o mestre do canto na catedral arménia de Paris.
Murat İçlinalça, nasceu em 1985 em Istambul. Aos oito anos ele começou as aulas de canto com o mestre Nişan Çalgıcıyan. Estudou o canto e a música folclórica no Conservatório de Música da Universidade de Técnica de Istambul, formando-se em 2010. No mesmo ano, ele foi nomeado mestre do canto na Igreja de São Gregório, o Iluminador em Istambul.
Dengbesz Kazo nasceu em 1950 em Wan, e actualmente mora em Istambul. Ele  realiza concertos com frequência onde canta músicas populares curdas, bem como as suas próprias composições. De acordo com contadores de histórias também improvisa. Desde 1960, a prática dos dengbêj, cantores migratórios e contadores de histórias foi oficialmente banida pelo governo turco. As irmãs Mahsa i Marjan Vahdat 
Vahdat aprendeu tanto o canto clássico persa dos seus professores de música no Irão, e a música regional e tradicional iraniana. Após a Revolução Islâmica em 1979, as mulheres foram proibidas de cantar em público no Irão. Mesmo muitos anos após a revolução, o processo de exclusão das mulheres do património cultural do Irão continua: As mulheres podem aparecer apenas na frente de uma audiência feminina ou acompanhadas por um homem - nunca como solistas. Apesar disso, muitas cantoras iranianas continuam a fazer turnês. Mahsa e Marjan realizam concertos privados no Irão e, muitas vezes, no estrangeiro. O repertório delas consiste em suas próprias interpretações da música regional e tradicional.
Vahan Kerovpyan nasceu em Paris e agora mora em Portugal. Ele é um músico, instrumentista e compositor. Ele conduz oficinas de tambores e percussão, que desempenha desde tenra idade. Aprendeu a tocar o dehol com Edmond Zartarian; o zarb e o daf com Madjid Khaladj. Ele também toca o piano e canta no coro arménio Akn. Desde 2003 é membro da banda Kotchnak e músico do grupo Medz Bazar, criado em Paris em 2012.
Virginia Pattie Kerovpyan nasceu em Washington, nos Estados Unidos da América. Ela estudou e cantou em muitos coros e bandas de música antiga como solista e corista. Depois, partiu para a França, onde continuou os seus estudos de canto na École Normale Supérieure de Musique de Paris e no Conservatoire National Supérieur de Musique. Virginia Pattie Kerovpyan actuou e gravou com muitas bandas de música antigas, tais como, Les Arts Florissants, Ensemble Guillaume de Machaut de Paris, Per Cantar e Sonar, l’Offrande Musicale, La Grande Écurie e la Chambre du Roy. Em 1976, ela fundou com Rouben Haroutunian um dueto, que mais tarde assumiu o nome de Kotchnak e, em 1985, ajudou a criar uma banda de canções litúrgicas arménias, Akn, da qual é vocalista.


*Teatro ZAR
Ao cultivar os valores  do trabalho em grupo, realiza projectos artísticos através de pesquisas de fontes ao longo prazo, com o objectivo de moldar uma nova linguagem do teatro baseada em música de várias tradições. A equipe internacional foi formada durante as viagens cíclicas de pesquisa para a Geórgia entre 1999-2003. Durante essas viagens, o grupo colectou material musical, cuja essência é a canção polifónica que remonta às origens do principio da nossa era e, que provavelmente, é a forma mais antiga de som polifónico.
„Zar ", a partir do qual o grupo tomou se nome, é o nome das canções funerárias realizadas pelos Svans, habitantes das altas regiões do Cáucaso no nordeste da Geórgia. O trabalho em grupo decorre da crença de que o teatro, ao contrário da visão grega, não só deve ser observado, mas, sobretudo, escutado.
„O Teatro ZAR leva o público a uma jornada polifónica que une a mente, corpo e alma através de um som completo simples e perspicaz. Isso é tão completo como o chamado da essência da humanidade que, no final do espectáculo, os ouvintes ficam sentados em silêncio, tocados pela graça. " Maria Shevtsova

************************************************************

Armine, Sister is dedicated to Armenian history and culture and to the Armenian genocide. 

Armine, Sister is a part of Anamnesis Tryptych dedicated to questions of human memory, witnessing and rejection. Originally, the piece was intended as a séance in which it is not us calling the departed, but the spirits of the dead calling to have a trace of the past revealed, made visible, unearthed. The title, Armine, Sister, recalls the first two words of a letter with no clear address, which is doomed to drift around in time and space.

In light of the post-Auschwitz future that Theodor W. Adorno envisaged for poetry, art and education, we would like to ask: “Is there a chance that the 21st century will not become the century of ignorance?” In our new piece we ask about Europe, convinced that Europe is a question – one about history, identity, dignity. One of the main ideas of Armine, Sister is to tackle the issue of historic taboos and lies as opposed to a duty to witness.

When working on the performance, we often invoked Paul Celan’s Death Fugue, in which the dreams of the murderers and victims are dreamt in the same space. The space of the performance/séance of memory, like the space of a dream, is co-inhabited by thousands of beings. Armine, Sister touches on how painful the memory-carrying process can be. It is also an attempt to identify/name our place in relation to past generations, and to understand who we are – we, who always stand on the other side of memory like on the other side of the camera. We gaze at history through a peephole, seeing only a trace, a shadow, a thought.

Armine, Sister refers to the history of the Armenian people in Anatolia and their near-extermination at the beginning of the 20th century. The project enters into the history of Europe’s silence and is a refl­ection on the act and inheritance of witnessing

For Armine, Sister, we decided to explore Anatolian monodic traditions, based on the group’s vocal competence built for over ten years, resulting from our experience performing polyphonic songs. The project includes musicians from various music traditions of Asia Minor, Anatolia and Iran, whom we met on our expeditions: the Van-born Kurdish singer Dengbej Kazo; Murat Iclinalca, the Armenian master singer at St Gregory the Illuminator Church in Istanbul; the Teheran-born sisters Mahsa and Marjan Vahdat; and Vahan Kerovpyan, a composer and drummer born to an Armenian family in Paris. We also collaborate with the singer Virginia Pattie Kerovpyan and the Istanbul-based singer and drummer Selda Ozturk. Our main collaborator on Armine, Sister is Aram Kerovpyan, the Istanbul-born master singer of the Armenian Cathedral in Paris.

Aram Kerovpyan was born in Istanbul. As a youth, he received liturgical chant training in the Armenian Church. He learned to play the kanoun and studied the Middle Eastern music system with master musician Saadeddin Öktenay. In 1977, he moved to Paris where he devoted himself entirely to music, playing with various Middle Eastern musicians. In 1980, he joined the Ensemble de Musique Arménienne that later became Kotchnak. From this date on, Armenian music became his principle field of research, particularly the modal system of liturgical chant. In 1985, he formed Akn, an ensemble of Armenian liturgical chant. Parallel to his activities as a musician, Aram Kerovpyan participates in conferences, lectures in Europe and in North America, publishes articles and does research in the field of Armenian modal music theory. He is a doctor of musicology. Since 1990, he is the master-singer of the Armenian cathedral in Paris.

Rather than focusing on the history of the events of 1915 or the history of the ensuing denial and taboo, Teatr ZAR centres on the history of ignorance that feeds on inaction and leads to inaction on the part of today’s Europeans. On the other hand, the history of ignorance also includes the social story of building an accord of silence around each act of violence. The events in Anatolia in the early 20th century launch us into a wider debate about lessons in “witnessing after witnessing”, which always turn into lessons in identity.

Armine, Sister is a multipronged project that includes creation of a performance and presenting it in Poland and abroad, work on publications, among others on a photographic album, organising photographic exhibitions, panel discussions and concerts of musicians. The project is the first manifestation of the new domain of the group’s work – WITNESS/ACTION. ZAR collaborates with the Gomitas Institute, the Armenian Embassy in Poland and Armenian associations.  

A fundamental change has been taking place in the work of Teatr ZAR. Desiring to build on the ten-year experience of working on polyphonic singing, the group has decided to work with monodic traditions. ­The new vocal training and techniques have required a two-year process of ‘embodiment’. ­The emergant vocal material has been recomposed, harmonised and orchiestrated in order to build a contemporary musical drama. 

Witness/Action is a series of artistic events aimed at increasing social awareness of the role of a Witness in the creation and reception of works of art. Its programme includes a number of long-running events: exhibitions that combine photography with installation, and performative actions. The events will be accompanied by panel discussions and conversations on memory, history and the relationship between art and politics. We will address the difficult and painful subject of the contemporary model of researching and writing history. In its essence, our project explores the question of Europe’s multicultural identity from the perspective of historical transparency.

The action performed at the entrance of Przejście Żelaźnicze in Wrocław’s Rynek draws on the scenic concept from a new Teatr ZAR performance, Armine, Sister. At its core is an installation of 16 columns representing an Armenian temple. Witness, however, is an independent work, although created on the same artistic premises as Teatr ZAR’s performance. The piece explores Armenian history but at the same time goes beyond it, addressing the issues of how memory is retained and carried. Performer: Daisuke Yoshimoto, Concept: Jarosław Fret.

In its essence Witness is an artistic inquiry into how a performative action can have the power of a memento. How can a performer bear witness and become a testimony? How can he declare himself a witness of events that are outside his experience?
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android