Distância Crítica: Future Architecture

Para esta conferência, convidámos quatro arquitectos, profissionais, e pensadores (Lucia Tahan, FAKT OFFICE, Bika Rebek and Léopold Lambert) cuja obra vai além do espectro do objecto construído e que trabalham em diferentes campos, criando outras narrativas para a prática arquitectural, de forma a construir contra-imaginários necessários na limitada agenda do presente e usá-los para provocar possíveis futuros distintos.

Vivemos na era da paranóia dos dados – “too much world”, nas palavras de Hito Steyerl. Bots do Twitter, factos alternativos, blockchains, inteligência artificial, fake news, hacking de ADN, leaks falsos. O que antes reconhecíamos como “o real” transformou-se num conjunto de realidades confusas, criadas através de personalidades digitais, avatares e perfis de redes sociais, gerando paisagens de incerteza onde podemos dizer que as categorias de Lacan se sobrepõem: o imaginário, o simbólico e o real criam uma base comum na qual a arquitectura tem de desempenhar o seu papel. É inegável que este fluxo de dados afecta a forma como as cidades evoluem, afectando o nosso contexto social, o sistema político, a forma como nos movemos, consumimos, sonhamos e vivemos.

Neste contexto, cada vez mais a arquitectura se torna uma disciplina mediada, desdobrando-se em muitas formas distintas de produção e circulação — dos edifícios aos projectos de investigação, exposições, livros e outros media — onde as ferramentas e interfaces de comunicação podem ser instrumentos poderosos.
Imersos neste grupo colossal de camadas, é fácil perder a distância crítica que é normalmente necessária para antever para onde caminhamos como prática. No entanto, a “distância crítica” não se refere a distância física; refere-se ao tempo e espaço necessários para reflectir, discutir e confrontar o status quo, para ver as coisas sob perspectivas diferentes, de forma a criar novos entendimentos do papel do arquitecto de hoje.
Ethel Baraona Pohl — dpr-barcelona, moderadora da Conferência

A conferência é seguida do lançamento do Livro Archifutures no Espaço Espelho d'Água às 21h00 que inclui cocktail dinatoire. 

Ambos os eventos integram um programa internacional no âmbito da Future Architecture Platform da qual a Trienal de Arquitectura de Lisboa é membro.

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For the Critical Distance conference, four architects, practitioners, and thinkers (Lucia Tahan, FAKT OFFICE, Bika Rebek and Léopold Lambert) whose work goes beyond the built object spectrum and whom are working from different fields creating other narratives for the architectural practice, in order to build some necessary counter-imaginaries for the narrow agenda of the present, and use them to provoke different possible futures.

We’re living in the era of data paranoia —”too much world,” in the words of Hito Steyerl. Twitter bots, alternative facts, blockchains, AI, fake news, DNA hacking, false leaks. What once we recognized as “the real” has been transformed into a set of blurred realities created through digital personas, avatars and social media profiles, generating landscapes of uncertainty where we can say that Lacan’s categories overlap: the imaginary, the symbolic, and the real creating a common ground in which architecture has to play it’s role. It is undeniable that this data flows affects how cities evolve, affecting our social context, the political system, the way we move, consume, dream, and live.

In this context, more and more architecture is becoming a mediated discipline unfolding many different forms of production and circulation — from buildings, to research projects, exhibitions, books, and other media — where communication tools and interfaces can be powerful instruments to provoke a meaningful shift in the way theory and practice are intertwined; while at the same time, they can present a confuse vision of the social and political context where we need to act. 
Immersed into this massive set of layers, it’s easy to lose the critical distance that is often necessary to envision where are we going as a practice. Although “critical distance” doesn't refer to a physical distance; it refers to the needful time and space to reflect, discuss, and confront the status quo to see things from different perspectives, in order to create new understandings of the role of the architect nowadays.

Having a critical distance to our practice can be enormously consequential for the future of architecture, if there is such. Or at least, to explore in many diverse and active ways our “mysterious and unknown present moment”.
Ethel Baraona Pohl — dpr-barcelona, is the invited speaker that will moderate the talk.

The conference is followed by Archifutures book launch at Espaço Espelho d'Água 9pm including a cocktail: 
https://www.evensi.pt/archifutures-vol-4-thresholds-book-launch-espaco-espelho/230748214

Both events are part of an international public programme from Future Architecture Platform which Lisbon Architecture Triennale is one of the member.