22:00 até às 06:00
Balloons Will Tear Us Apart: TOPS (concerto)

Balloons Will Tear Us Apart: TOPS (concerto)

A próxima BLACK BALLOON será a última. Assim faz sentido na minha cabeça.

Quando no final de 2011 aceitei o convite do Lux em construir uma festa diferente, escrevi um blábláblá que agora revisito para anunciar O Fim. Lá no meio escrevia algo assim:

Um balão preto significa luto, claro. Agrada-me esse contraste de que um objecto sinónimo de festa (o balão) também tenha que sofrer. Black Balloon será uma purga. Do Bem contra o Mal numa dança que apague tudo o que nos dói. Troquemos o luto pela festa, para que nada morra dentro de nós. 

Agora é Outubro de 2017 e ao ler esta prosa inflamada do início percebo que estranhamente ainda sinto muito disto tudo, esta condução estranha entre Vida e Morte para onde somos levados pela dança. Talvez um dia consiga uma explicação lógica para esta cega vontade de nos entregarmos a um sítio com música alta e luzes a piscar, em busca de uma eventual salvação. Em teoria não faz sentido mas por vezes resulta. Agora chegou a hora de matar a festa e eis que finalmente o símbolo do luto parece regressar ao seu propósito original.

Para este último baile, convidei grande parte dos DJs que por lá passaram nestes anos (será uma maratona de amigos com Benjamim, Capitão Fausto, Cláudia Guerreiro, Dead Combo, Duarte Pinto Coelho, Hélio Morais, Inês Meneses, Joana Bernardo, María Pandiello, Mário Valente DJ , Mr Mitsuhirato, Paulo Garcia, Paulo Lizardo, Rai , Rodrigo B. Nogueira, Rui M Teixeira, Rui Maia, Vitor Belanciano) mas haverá também a estreia ao vivo dos magnífico TOPS, com Jackson MacIntosh na primeira parte. Sobre os TOPS, conheci-os através da Joana Bernardo e por isso convidei-a a escrever umas linhas. 
- Pedro Ramos

"Há cinco anos saiu o primeiro álbum dos TOPS, e foi com Tender Opposites que ficámos a conhecer a pop perfeita do grupo canadiano. Logo nos primeiros segundos do disco, confesso, apaixonei-me por Jane Penny. Rendi-me à voz etérea e charmosa de Jane, que atrevo-me a colocar ao lado das deusas Laetitia Sadier, Isobel Campbel e Kate Bush.
Os TOPS têm já três albuns, e o último — Sugar At The Gate — é o pretexto para o concerto de 04 de Novembro em Lisboa. A cada álbum a banda grava uma colecção de canções pop que tem sido descrita como “dreamy” e “arty”, mas a música dos TOPS é, sobretudo, inquietante e bonita. Há alturas em que nos abraça e deixa num estado de felicidade pura, há momentos em que nos desequilibra e há outros em que somos invadidos pela melancolia.
Este universo particular dos TOPS é ainda mais evidente nos videos que criam. Há videoclips ingénuos e ao mesmo tempo perturbantes (como Evening), outros que nos transportam aos tempos introspectivos e sonhadores da adolescência (como Outside), e há aqueles que se aproximam da descontração dos vídeos caseiros (ver Marigold & Gray).
Numa noite a saber a fim, a última da Black Balloon, que muitos celebrem também o início de um amor incondicional aos TOPS."
- Joana Bernardo
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android