21:30 até às 21:50
Uma misteriosa Coisa, disse o e.e. cummings* de Vera Mantero

Uma misteriosa Coisa, disse o e.e. cummings* de Vera Mantero

5€
uma misteriosa Coisa, disse o e.e. cummings*
de Vera Mantero
Festival Verão Azul 2017

Sábado, 21 de Outubro | 21h30
Centro Cultural de Lagos
Dança | 1996 | 20min
Bilheteira: €7 + 5€ (<  30 e > 65)
Após a performance de Vera Mantero será apresentado "I AM HERE_restos e rastos" de João Fiadeiro. 
O bilhete é único e dá acesso a ambos os espectáculos.

Reservas e Informações: info@festivalveraoazul.com
924 009 234 | 968 749 367 
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O solo "uma misteriosa Coisa, disse o e.e. cummings*" foi estreado em janeiro 1996, para a "Homenagem a Josephine Baker", uma iniciativa da Culturgest em Lisboa. Na sua visão da vida e da obra da bailarina e cantora negra da primeira metade do século XX, Vera Mantero optou por uma abordagem que vai para além da figura de Josephine Baker. 
Para o programa ela escreveu: "É uma coisa que eu gostava de encontrar ou de criar, um amplo território em que a riqueza de espírito reinasse. (...) Este espírito de que falo não tem vontade nenhuma de anular o corpo, nem vergonha nenhuma do seu desejo e do seu sexo, o que este espírito de que falo tem vontade de anular é a boçalidade, a assustadora burrice, a profunda ignorância, a pobreza de horizontes, o materialismo, etc. etc. (infelizmente a lista tem ar de ser longa...).

"Uma impossibilidade, uma má-vivência, uma tristeza, uma ausência, um desgosto, uma incapacidade, atrozes", são algumas das palavras que se repetem, com uma insistência crescente, ao longo de todo o espectáculo, "em que Vera Mantero se equilibra precariamente sobre uns pés de cabra movimentando-se ao ritmo da dificuldade que as palavras enunciam sem conseguir arredar os pés da condenação a que permanecem pregados. Exasperante corporização de um mal-estar que, como se sabe, começa sempre por ser um não saber o que se há-de fazer com o corpo», descreve Alexandre Melo no Expresso. E conclui: «Duas hipóteses para descrever esta situação genérica, geral, civilizacional: há qualquer coisa que falta. Ou, então, talvez melhor: falta qualquer coisa que não há».

Texto do dossier de imprensa do Festival Danças na Cidade 1996
 
* o que ele disse de facto sobre a Josephine:
"uma misteriosa Coisa, nem primitiva nem civilizada, ou para além do tempo, no sentido em que a emoção está para além da aritmética”.
 
Concepção e interpretação: Vera Mantero
Caracterização: Alda Salavisa (desenho original de Carlota Lagido)
Adereços: Teresa Montalvão
Desenho original de luz: João Paulo Xavier
Adaptação e operação de luz: Hugo Coelho
Produção executiva: Forum Dança
Itinerância: O Rumo do Fumo
Apoio: Casa da Juventude de Almada, Re.al/ Amascultura
Produção: Culturgest, Lisboa, 1996

O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada por Ministério da Cultura/DGArtes

Vera Mantero
Estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 89. Tornou-se um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa, tendo iniciado a sua carreira coreográfica em 1987 e mostrado o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura. Desde 2000 dedica-se também ao trabalho de voz, cantando repertório de vários autores e co-criando projectos de música experimental. Em 1999 a Culturgest organizou uma retrospectiva do seu trabalho até à data, intitulada Mês de Março, Mês de Vera. Representou Portugal na 26ª Bienal de São Paulo 2004, com Comer o Coração, criado em parceria com Rui Chafes. Em 2002 foi-lhe atribuído o Prémio Almada (Ministério da Cultura Português) e em 2009 o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete.

fotografia de Jorge Gonçalves
www.orumodofumo.com
www.festivalveraoazul.com
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