22:00 até às 23:00
I AM HERE_restos e rastos

I AM HERE_restos e rastos

5€ - 7€
I AM HERE_restos e rastos
de João Fiadeiro
Festival Verão Azul 2017

a partir da peça I am here (2003), construída em torno do imaginário e corpo de trabalho de Helena Almeida 

Sábado, 21 de Outubro | 21h30
Centro Cultural de Lagos
Dança / 2017 / 40 min
Bilheteira: €7 + 5€ (< 30 e > 65)
"I AM HERE_restos e rastos" de João Fiadeiro será apresentado após a performance de Vera Mantero "uma misteriosa Coisa, disse o e.e. cummings*"   
O bilhete é único e dá acesso a ambos os espectáculos.

Reservas e Informações: info@festivalveraoazul.com
924 009 234 | 968 749 367 
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“Olhamos para o corpo e o corpo termina de repente nos pés, nas mãos. Acaba ali. Não há mais nada à frente, parece uma escarpa de um rochedo sobre o mar. De repente, termina.”
Helena Almeida

Habitar. Entrar por uma casa adentro (ou por um corpo, um som, um pensamento...), misturar-me, diluir-me, camuflar-me, como se já lá estivesse estado, como se nunca de lá tivesse saído... eis uma sensação que me toca e move enquanto coreógrafo. Em I AM HERE a casa que me acolheu foi o imaginário de Helena Almeida, uma artista com a qual partilho o desejo de permanecer na fronteira do visível, do tangível e do possível.
I AM HERE_restos e rastos pertence a uma série de projetos de reaproximação que tenho estado a fazer em relação à obra I AM HERE, através da figura da conferência-performance a que dei o nome de I WAS HERE, ou da performance em galeria que nomeei de I AM (NOT) HERE.

“(..) Para quem se interessa por questões do processo criativo, as obras de Fiadeiro e Almeida são passagem compulsiva (..) escreveu Delfim Sardo  no programa editado na estreia de I Am Here no Centro Cultural de Belém. Continuava dizendo que (...) ambos usam o corpo como a única ferramenta que temos a certeza de possuir e em ambos parece evidente a necessidade de construir objetos ficcionais sobre a natureza e o processo de elaboração do que nos é apresentado como trabalho final.” O filosofo e teórico da performance Boyan Manchev, na mesma linha de Sardo, escreveu que I Am Here era “um excelente exemplo da rejeição da plasticidade do visível (...) em busca do irredutível, daquilo que é inapropriável via a espetacularidade do espetáculo.”  

I AM HERE_restos e rastos é a proposta que mais se aproxima da versão original não só porque volta ao palco e recupera uma relação frontal com o espectador, mas porque o convoca a experimentar a peça a partir da sua premissa inicial: de me olhar enquanto desapareço. I AM HERE_restos e rastos tem ainda o “sabor” especial de (re)estrear no Festival Verão Azul, “casa” da Ana Borralho e João Galante, meus assistentes na obra original. Este tem sido aliás um dos prazeres principais de retornar este trabalho tão importante no meu percurso: reencontrar os cúmplices, amigos e pares que me acompanharam e me fizeram.
João Fiadeiro, 2017

Criação e  Interpretação: João Fiadeiro
Direcção Técnica: Mafalda Oliveira
Direcção de Produção: Rita Faustino
Ficha Técnica original: 
Espaço cénico: Walter Lauterer 
Desenho de luz: Daniel Demont 
Desenho de som: Arnold Haberl 
Som: Helena Almeida (extrato de “Olha-me…”, 1979)
Assistentes de ensaio Tiago Guedes, João Galante e Ana Borralho 
Produção Sofia Campos 
Co-produção: RE.AL; Centre National de la Danse; Centre Georges Pompidou; Centro Cultural de Belém 

João Fiadeiro pertence à geração de coreógrafos que emergiu no final da década de oitenta e que, na sequência do movimento “pós-moderno” americano e dos movimentos da Nouvelle Danse francesa e belga, deu origem à Nova Dança Portuguesa. 
Em 1990 fundou a RE.AL que, para além da criação e difusão dos seus espetáculos e workshops, organizados com regularidade um pouco por toda Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália e América do Sul – acompanhou, acolheu e representou artistas emergentes e transdisciplinares no âmbito da programação desenvolvida pelo Atelier Real, fundado em 2005. 
Após uma pausa de 6 anos em que se dedicou exclusivamente ao processamento e sistematização do método de Composição em Tempo Real, cruzando a sua investigação com áreas científicas como a antropologia, a economia ou as ciências dos sistemas complexos, João Fiadeiro reativou a sua prática artística em 2015 através criação coreográfica com a estreia de uma nova obra de grupo “O que fazer daqui para trás”, reiniciando assim uma atividade continuada enquanto coreógrafo e performer.
João Fiadeiro frequenta atualmente o doutoramento em Arte Contemporânea do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

www.re-al.org
www.festivalveraoazul.com
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