22:00 até às 23:30
Jazz ao Centro 2017 | Peter Evans Ensemble

Jazz ao Centro 2017 | Peter Evans Ensemble

8€ - 10€
PETER EVANS ENSEMBLE
CONCERTO
Peter Evans (trompete)
Ron Stabinsky (piano)
Tom Blancarte (baixo)
Jim Black (bateria)
Sam Pluta (electrónica)
Levy Lorenzo (percussão)
Mazz Swift (violino)

DATA 28 Outubro
HORA 22h
LOCAL Auditório do Conservatório de Música de Coimbra
PÚBLICO ALVO Maiores de 6 anos
PREÇO NORMAL 10€
PREÇO ESTUDANTE / CLIENTE CGD 8€

Com o seu ensemble em quinteto ampliado para septeto, este regresso do nova-iorquino Peter Evans a Portugal traz consigo um novo repertório, ainda por colocar em disco: “Action / Metempsychosis”, anunciado como a continuação de “Destination: Void”, um daqueles álbuns que marcaram os rumos do jazz na parte que já percorremos do terceiro milénio. E que ensemble este é, com alguns nomes-chave da actualidade nos seus respectivos instrumentos como Sam Pluta, Tom Blancarte e Jim Black a acompanharem aquele que é considerado um dos mais completos e audazes trompetistas da actualidade. O jazz do Peter Evans Ensemble é acentuadamente camerístico (condição acentuada pelo violino de Mazz Swift), no que tal implica em termos da importação de aspectos da new music norte-americana e da música erudita contemporânea europeia, mas o seu alargamento resulta do cada vez mais orquestral pensamento de Evans, em termos de complexidade associativa tímbrica e de multiplicação de cores – tanto assim que mesmo alguns dos instrumentistas convencionais recorrem à electrónica, entre sintetizador, sampler e outros dispositivos, casos de Ron Stabinsky, Levy Lorenzo e do já referido Black.
Mais do que um jazz “erudito”, o de Peter Evans é “savant”, condição que o leva a incluir também elementos da cultura musical popular e urbana nas suas tramas. A fórmula aplicada está mesmo na hibridização, e esta é mais de conteúdos do que formal. O conceito faz com que as composições venham no seguimento da história do jazz, mantendo íntegra a identidade do mesmo. A experimentação, mediante o uso de técnicas alternativas e inovadoras, é mais instrumental do que idiomática e mais técnica do que estética. As pesquisas realizadas por Evans dos limites físicos do trompete não colocam em causa esta linguagem musical: abrem-lhe mais perspectivas. Inclusive quando o músico parece regressar a um estado anterior à própria musicalidade, lidando directamente com a elementaridade do som e das suas propriedades.
No meio disto, o músico que já colaborou com o português Rodrigo Amado e o seu Motion Trio problematiza as clássicas relações entre escrita e improvisação no jazz. Se algumas das suas partituras se fecham sobre si próprias, com uma densidade de motivos interpretativos que lembra Anthony Braxton, outros momentos numa actuação do Peter Evans Ensemble são integralmente entregues à espontaneidade criativa. Estas duas vias apenas definem, no entanto, os extremos daquilo que o grupo se propõe fazer: reinventar as formas de relacionação do que é previamente estruturado com o que surge no imediato das situações, neste campo de possibilidades incluindo o uso da improvisação como uma ferramenta de composição, um pouco como acontece na dança e no teatro. Um trabalho deveras curioso e que vem sublinhar a ideia de que a improvisação não é mais do que uma outra forma de compor, com a diferença de que o faz no momento. Peter Evans tem esta qualidade extra: põe-nos a pensar.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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