21:00 até às 19:00
Eurodance

Eurodance

EURODANCE é uma hecatombe geopolítica e tecno-emocional, um counting down a 190 beats-per-minute em direção ao Fim do Mundo, uma bad trip a bordo de um rave’ião Hamburgo/Ibiza com escala elíptica no Pará e aterragem de emergência para combustível em Luanda, uma droga psicotrópica também conhecida por Azeitegeist. EURODANCE é um documentário pós-apocalíptico produzido pelo Departamento de Escatologia Vintage do Centro de Estudos Pré-Humanos do Novo Mundo e estuda a última década do Antigo Regime, quando o Mundo ainda se escrevia com letra grande, não existia qualquer diferença epistemológica entre Arte e Desporto, e os artistas eram todos backup dancers de uma banda cósmica universal. EURODANCE dança em Europeu, mas traz legendas em Novilíngua. Rouba lyrics às profecias xamânicas de Slavoj Žižek e à filosofia alter-dogmática de Dr. Phil, os primeiros cyborgs da História; rouba beats à ética pré-apocalíptica do movimento mashup e à moral antissocial do tecnobrega; e rouba artworks à estética proto-post-pop dos Jogos sem Fronteiras e à ética re-re-realista da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. EURODANCE é tecnotrónico, é clubístico, é pastilhado, é megalo-colonialista, é etno-musical, é bubblegum pop, é happy hardcore, é chipmunk, é autotune, é playback, é rave’ioli em lata, é vengaboys, é bota gel, é pisang ambon, é electropimba, é technochunga, é carrinhos de choque-em-cadeia, é aeróbica trance-génica, é fitness progressivo, é body pump-up the jam, é macarena, é di-rirá-rá-rá, é contemporary rococó. EURODANCE regressa a todos os pesadelos fin-de-siècle, porque ambiciona uma correção retroativa da Realidade: o Mundo acabou MESMO na noite de 31 de dezembro de 1999, quando os computadores deixaram de reconhecer a linguagem binária e o mundo (em letra pequena) colapsou. EURODANCE é por isso uma festa meteórica, em homenagem a todos os que (ainda) não morreram. Uma viagem de volta aos anos 90; uma viagem de volta ao Presente.
Rogério Nuno Costa  2014


EURODANCE é um estudo coreográfico para o espetáculo de teatro musical €TRASH, de Rogério Nuno Costa, com estreia prevista para 2019. Cinco bailarinos são o grupo de “backup dancers” de uma banda techno invisível, trazendo para a linha da frente aquilo que por norma é apenas decorativo, paisagístico, subsidiário. O corpo de baile é agora o protagonista. Ou sobre a tensão/confusão dialética entre Arte e Desporto.



Rogério Nuno Costa direção, coreografia, texto, vídeo
André Santos, Dinis Machado, Luís André Sá, Mariana Tengner Barros, Susana Otero bailarinos
Joclécio Azevedo assistência de direção
Daniel Oliveira desenho de luz
Diogo Mendes artwork 
Jordann Santos figurinos 
Belamix feat. Too Limited (Mariana Tengner Barros & Rogério Nuno Costa) remix & cover
Miguel Refresco fotografia promocional e de cena 
Sofia Afonso registo vídeo
Cristiana Fonseca assistência de figurinos 
BCN produção 

Agradecimentos A Bela Associação, Luiz Antunes, Xana Novais, Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Sonoscopia, Álvaro Campo, Miguel Loff Barreto, ESMAE, TeCA, Ana Carvalho, Pedro Barreiro.
Acolhimentos mala voadora (Porto), Armazém 22 (Vila Nova de Gaia), Teatro Sá da Bandeira (Santarém).

O Ballet Contemporâneo do Norte é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal/Secretaria de Estado da Cultura (Direção-Geral das Artes) e apoiada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
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