Biblioteca Municipal Rocha Peixoto (Póvoa de Varzim)
Rua Manuel Lopes - Póvoa de Varzim Ver website
As Jornadas Europeias do Património 2017 decorrem nos dias 22 a 24 de Setembro e são subordinadas ao tema Património e Natureza. “Este tema pretende chamar a atenção para a importância da relação entre as pessoas, as comunidades, os lugares e a sua História, mostrando como o património e a natureza se cruzam nas suas diferentes expressões - mais urbanas ou mais rurais - e para a necessidade de preservar e valorizar esta relação, fundamental para a qualidade da vida, para a qualificação do território e para o reforço de identidades. A relação Património e Natureza pode ser uma fonte inesgotável de conhecimento, de criatividade e de recreação, e nela reside um enorme potencial para um desenvolvimento cultural, social e económico equilibrados.” A Direção Geral do Património Cultural, entidade que coordena a programação e divulgação das Jornadas Europeias do Património a nível nacional, convida as entidades públicas e privadas a associarem-se a estas Jornadas, que têm tido uma crescente adesão ao longo dos últimos anos. Neste âmbito, o Município da Póvoa de Varzim associa-se às Jornadas Europeias do Património promovendo algumas iniciativas relacionadas com Histórias da Terra e do Mar na Póvoa de Varzim. Na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, no dia 22 de Setembro, sexta-feira, pelas 10h30 decorrerá a iniciativa O Mar na Toponímia Poveira, atividade lúdica pedagógica alusiva à cultura marítima patente na Toponímia poveira que evoca lugares, feitos, heróis e personalidades ligadas ao Mar e à comunidade piscatória. De tarde, pelas 15h00, as Artes & Ofícios dão a conhecer o MOLEIRO, uma arte relacionada com os moinhos de vento e azenhas. Pedro Lopes Vieira, mais conhecido por Pedro Moleiro, nasceu na Póvoa de Varzim, descendente de uma família de moleiros de Cristelo, é o atual zelador do moinho de Rates. Falará de histórias da vida dos moleiros e dos moinhos existentes no Monte de Rates. Uma delas relacionada com o vento de Barcelos, o “Barcelão”, um “vento maluco” que deu cabo de muitos moinhos. Para os moleiros, o nome dos ventos era do lado que eles viessem, com referências concretas. Se vinha do lado de Barcelos, era o Barcelão. O Património Cultural de S. Pedro de Rates é vastíssimo e integra a Igreja Românica e o seu Centro Histórico, o caminho de peregrinação a Santiago de Compostela, a cultura do linho, as culturas do pão e do vinho, a arte do xisto e da arquitectura rural, os moinhos de água e de vento, entre outros, que constituem a memória colectiva, afirmando a identidade cultural dessa Terra. O Ecomuseu de Rates, inaugurado a 21 de Abril de 2007 dá a conhecer a importância histórica dos moinhos, mostrando a memória do passado, em torno dos circuitos da água e do pão. Nesta sessão será apresentado um vídeo sobre o Moinho de Vento e a Azenha do Pego, explicando o seu funcionamento, o trabalho do moleiro e os diferentes tipos de moagem. Rates, uma terra de grande tradição de cereais, possuía moinhos nos montes ou nos vales. A atividade molinheira, relacionada com os moinhos de vento, que em Rates eram propriedade dos mesmos que no vale tinham moinhos de tracção hidráulica. Nos vales, o grão era moído pelos moinhos a água, e nos montes, os cereais eram triturados nos moinhos a vento. A Azenha do Pego, erguida em xisto, em forma de L, tinha três funções: moía cereais, serrava madeiras – tudo por tracção hidráulica e servia de habitação. Foram recuperadas as funções molinheira e habitacional.
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