Apresentação do Projeto "Corpo Sombra", por Sandra Roda
A intervenção no Museu Malhoa resulta do diálogo entre dois espaços que, apesar da proximidade, nos revelam diferentes perspetivas de natureza.
Ponto de partida:
O quadro “A Mata” de José Malhoa no Museu, representação do espaço físico que o inspirou, Mata Rainha Dª Leonor, sensivelmente a 15´do lugar do quadro.
Percurso:
O percurso repetido entre os dois polos e nos dois sentidos, permitiu-me registar, recolher e interpretar fragmentos desta trajetória (desenho, vídeo e paus). São viagens entre dois planos preenchidos por reflexões paradigmáticas entre cultura e natureza, entre o meu corpo e o outro e por último eu enquanto outro.
E se eu fosse árvore? A pergunta impõe-se ao longo das caminhadas. E se eu fosse árvore como projetaria o meu corpo na paisagem? Que sombra desenharia, que dimensão obteria ela?
A sombra assume aqui o valor simbólico da relação do homem com a natureza e com a natureza do homem. Essas naturezas que historicamente fomos transformando através do conhecimento, da instrumentalização e do desejo.
Chegada:
O Mundo real não existe, porque é apenas a nomeação de uma totalidade indefinível: o que existe é o mundo das nossas representações e projeções, como notou Shopenhauer.
“O artista só deve seguir a natureza… interpretá-la com sinceridade” José Malhoa (atenção que no binómio, Ars Vel Natura, é a “verdade” da arte que predomina e a esta que se refere José Malhoa)
Entrada Livre
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.