Nem Vivaldi inventou o Concerto, enquanto forma musical, nem Haydn inventou a Sinfonia. Os dois foram, todavia, determinantes no contributo para que cada uma destas práticas instrumentais tenha vingado, ao ponto de serem hoje dominantes na programação de qualquer sala de concertos dedicada ao repertório de tradição clássica. O músico veneziano terá composto cerca de quinhentos concertos ao longo da vida, pequenas obras em que se assiste a um deliberado confronto entre a orquestra e um núcleo mais restrito de instrumentos – por vezes um só, na condição de solista. Por sua vez, Haydn assinou mais de cem sinfonias, quase sempre com quatro andamento e uma escrita bastante mais fluída e ponderada. Os dois universos coincidem aqui na sugestão que os títulos acrescentam às partituras. Por um lado, «A noite», com seus medos e fantasmas, mas também com o sono e a tranquilidade. Por outro, «A tempestade no mar», contra ventos e marés. Tudo o resto, se vê confiado à imaginação do ouvinte. LA NOTTE E LA TEMPESTA Orquestra Metropolitana de Lisboa Sábado, 26 de novembro, 16h00 A. Vivaldi - Concerto para Flauta e Cordas RV 439, La notte J. Haydn - Sinfonia N.º 8, Hob.1/8, Le soir A. Vivaldi - Concerto para Flauta e Cordas RV 433, La tempesta di mare J. Haydn - Sinfonia N.º 39, Hob.1/39, Tempesta di mare Nuno Inácio - Flauta e Direção Musical [Crédito da fotografia: (c) Joel Santos - www.joelsantos.net]
