19:00 até às 20:00
Drumming GP apresenta Jorge Peixinho e Eduardo Luís Patriarca

Drumming GP apresenta Jorge Peixinho e Eduardo Luís Patriarca

Grátis
DRUMMING GP APRESENTA JORGE PEIXINHO E EDUARDO LUÍS PATRIARCA 
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30 de Setembro, Sábado, 19:00
Teatro Municipal de Vila do Conde (Salão Nobre)
Música

Estreia Absoluta

> ENTRADA LIVRE |  M/6: http://www.circularfestival.com/circular/programa/pt

Um percurso pelo período de maturidade de Jorge Peixinho (1940-1995), um dos mais importantes e internacionais compositores de Portugal e da sua história contemporânea, que plasma em cada uma das suas peças os estados do mundo em que viveu.
Um homem sensível e permeável que não ficava impassível aos acontecimentos: "Morrer em Santiago" é o hino e o requiem ao assassinato do presidente Salvador Allende em Santiago do Chile, no início dos anos 70, e "A Floresta Sagrada" é o hino à nossa natureza, também assassinada pelo Homem ou pelos seus interesses momentâneos. Este concerto apresenta-se como uma retrospectiva da obra do período maduro deste artista, que resgata estas jóias só ouvidas nas suas estreias, para assim fazer (e continuaremos a fazer) justiça ao legado que deixa para a posteridade.
O projecto inclui a estreia absoluta de uma obra encomendada pelo festival a Eduardo Luís Patriarca, compositor que recebeu formação de Jorge Peixinho e que reside em Vila do Conde.

Drumming Grupo de Percussão

Programa:

Floresta Sagrada (1992) .......................... Jorge Peixinho
Madame Borbolet(r)a (1982) .................... Jorge Peixinho
Empty Time / Empty Space *  (2017) .......... Eduardo Luís Patriarca
Morrer em Santiago (1973) ...................... Jorge Peixinho

* Encomenda do Circular Festival

Agradecimentos: Pedro Sousa Silva, Sonoscopia, Pedro Couto Soares

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Jorge Peixinho (Montijo 1940-1995), foi um compositor pianista e maestro uma figura cimeira da cultura portuguesa.
Começou os seus estudos de piano aos sete anos e de composição com apenas oito anos de idade. Após ter completado de forma exemplar os estudos superiores em ambas as áreas e ter recebido o Prémio de Composição do Conservatório Nacional, Jorge Peixinho seguiu para Roma, Itália, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian a fim de se aperfeiçoar em composição musical. No ano seguinte, 1959, ele recebeu o prestigiado Prémio Sasseti de Composição. Em 1960 trabalhou com Luigi Nono em Veneza e estagiou num estúdio electrónico em Bilthoven, Holanda. No ano seguinte a sua obra para orquestra, Políptico, foi estreada em Nápoles (1961). Durante a década de 60 trabalhou várias vezes com Karlheinz Stockhausen e Pierre Boulez em Darmstadt e na Academia de Música de Basileia, tendo ao longo deste tempo continuado a receber relevantes prémios para composição e diplomas. Participa ao longo deste tempo em vários pontos do globo em Festivais e eventos de Música Contemporânea de relevo tais como o I Festival de Música Contemporânea de Buenos Aires e Festival de Música de Guanabara no Rio de Janeiro.Em 1970 cria o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa.
De 1972 - 73 ele continua o seu trabalho e pesquisa em música electrónica no Estúdio IPEM, de Gante, Bélgica.
Durante o resto da sua vida ele continuou a participar em diversos Festivais e eventos de Música Contemporânea pelo mundo fora.
Entre outras coisas teve um papel importante na divulgação da obra de outros compositores e seus colegas: Constança Capdeville, Emanuel Nunes, e Clotilde Rosa, etc.
Teve também um papel fulcral na divulgação da Música Contemporânea em Portugal.

Drumming - Grupo de Percussão emergiu no Porto em 1999. O Grupo tem vindo a sintetizar a evolução da percussão erudita em Portugal e na própria cultura ocidental. Ganhou rapidamente a simpatia do público e das críticas, constituindo na actualidade uma referência na vida musical de Portugal, obtendo no seu currículo dezenas de actuações em todas as principais salas do país: Centro Cultural de Belém, Fundação Gulbenkian, Culturgest, Teatro Camões, Teatro Rivoli, Teatro Nacional São João, Fundação de Serralves, etc., e também no estrangeiro: Espanha, Bélgica, França, Alemanha, Brasil, entre outros. Grupo residente da programação musical na Capital Europeia da Cultura - Porto 2001, tem contribuído para a divulgação de grandes peças contemporâneas, e formado o seu próprio repertório incentivando dezenas de compositores nacionais e internacionais a escreverem especialmente peças para o grupo, que tem explorado as mais diversas, variadas e imaginativas formas e tipos de exprimir a Percussão, ganhando progressivamente diversos públicos nesta especialidade. Sob direcção de Miquel Bernat, percussionista e pedagogo de prestígio internacional, membro fundador do ICTUS ENSEMBLE de Bruxelas e colaborador assíduo da Companhia de Dança Contemporânea ROSAS de Anne Teresa de Keersmaeker, Drumming destaca-se pela singularidade da sua programação, que resume as experiências da vida profissional do director, com a variedade e diversidade de estilos e formação dos membros que o compõem, vindo a concretizar diversas linhas de apresentação, que vão da música contemporânea ao Rock-Jazz-World Music, à música de cena para teatro, ópera e bailado, passando pela colaboração com outros agrupamentos e solistas, como a Orquestra da Gulbenkian, Orquestra Nacional do Porto, Remix-Ensemble Casa da Música, Quarteto Montagnana, Ivan Moniguetti, Maria João, etc.  Drumming - Grupo de Percussão mantém sempre a coerência estilística e temática, percorrendo as vias da inovação sonora e da poética do espectáculo enquanto momento cénico único e total.

Eduardo Luís Patriarca
Eduardo Luís Patriarca nasceu em 1970 na cidade do Porto. Começou os seus estudos musicais em 1974, no Colégio de Nossa Senhora da Esperança, em piano. Em 1985 ingressa no Curso de Música Silva Monteiro, onde conclui o Curso Complementar de Piano com Sofia Matos. Estuda ainda com Joaquim Marques da Silva, História da Música e com Fernando C. Lapa, Análise e Técnicas de Composição. Em 1990 é admitido no Curso Superior de Composição na Escola Superior de Música do Porto, estudando com Cândido Lima, Filipe Pires, Amílcar Vasques Dias e António Pinho Vargas. Nas restantes áreas teve como professores Álvaro Salazar, Günther Arglebe, Miguel Ribeiro Pereira e José Luís Borges Coelho. Mais tarde, na Escola Superior de Música de Lisboa estuda com António Pinho Vargas e Christopher Bochmann. Durante estes anos foi aluno de Jorge Peixinho (como aluno particular e frequentando os Curso de Aperfeiçoamento de Vila do Conde e o Curso de Formação para professores do GETAP), frequentou seminários de Emmanuel Nunes na Fundação Calouste Gulbenkian, e seminários de Wilfred Jenstchz, Gherard Staebler, António de Sousa Dias, Leo Brouwer e Philippe Hurel. Como professor leccionou em Pedrosos, Espinho, Maia, Mirandela e Póvoa do Varzim. Desde 1991 lecciona na Academia de Música de S. Pio X de Vila do Conde. As suas obras têm sido tocadas com regularidade em vários locais de Portugal, bem como no estrangeiro. Algumas das suas obras encontram-se gravadas por músicos como Duo Porquoi Pas, Nuno Aroso, Síntese, Quarteto de Cordas de Matosinhos, etc. Tem participado como convidado e com obras encomendadas no Festival Síntese da Guarda, onde estreou em 2009 Fractal Points para piano e ensemble, pelo grupo Síntese e tendo como solista o pianista Fausto Neves. É desde 2004 júri do Concurso Marília Rocha, classe de piano. Em 2006, participa como conferencista do Encontro Matemática e Música co-organizado pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Casa da Música. Aí apresenta uma conferência sobre fractais e música espectral. Em 2008 ingressa no Mestrado em Composição, sob orientação de Isabel Soveral na Universidade de Aveiro. Salientam-se as encomendas e execuções em 2011 de Ensō pela Harmos Festival Orchestra, Ixchel pela guitarrista Margarita Escarpa e Zazen pelo percussionista Nuno Aroso, em 2012 de Processione pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos, Auat 4 pelo flautista Nuno Inácio e o pianista Paulo Pacheco e Auat 1 pelo pianista Raul da Costa. Em Agosto de 2012 foi participou com conferência sobre a sua obra no Encontro Temp'ora, Bordeaux 2012. Em 2013 saiu a gravação de Processione pelo Quarteto de Cordas de Matosinhos, de Canções de Lemúria pela soprano Marina Pacheco e a pianista Olga Amaro. Participou em diversos projectos com alguns dos jovens músicos portugueses tais como, Frederic Cardoso, Jorge Lima ou Black and White Sextet. 

Foto Drumming:  Susana Neves
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