Champs-Elysées: projecto de um arquivo morto |de Plataforma 285 |13 e 14 de Setembro às 21:30h |no espaço Teatro do Vestido, Cais do Sodré Podia começar assim: Dia zero, embarcamos amanhã, todos os quatro, nesta viagem, rumo a Champs-Elysées. O caminho é longo, milhas por palmilhar. O trajecto é incerto. A turbulência é guiada pela incerteza da rota e pela certeza do nosso propósito. Aguardamos novas entradas no nosso diário de bordo. Dia 5: Perdidos na imensidão de encontros, caminhamos, todos os quatro. A incerteza continua longinqua, mas mesmo assim, caminhamos. Dia 90: Se ontem estavamos mais perto, hoje afastamo-nos a cada passada. O caminho tem tantas curvas como estrelinhas. Mas, caro diário, daqui mesmo já se avista Champs-Elysées. Podia começar assim. Em forma de diário. Talvez assim estivessemos mais perto. Esta é uma apresentação intercalar e informal sobre o processo de criação do espectáculo Leilão. Construída a partir do material que não entrará no espectáculo (a não ser como referência, como evocação de experiências, referências, lugares, imagens, universos) será uma porta-aberta para o público, uma forma de mostrar um lado tão essencial para os projectos criativos, o processo de trabalho. Champs-Elysée não é um lugar. É um País em Ruínas. Champs-Elysée não é um espectáculo. É uma visita a um espaço morto. Champs-Elysée não é a meta. Mas lá chegaremos. Direção Artística: Raimundo Cosme Concepção e interpretação: Cecília Henriques, Cláudio Teixeira, Isabelle Coelho e Raimundo Cosme Apoio à criação: Rita Chantre Projecto financiado por Fundação Calouste Gulbenkian ENTRADA LIVRE (com lotação reduzida). Reservas através do telefone: 918388878 ou do e-mail: geral@teatrodovestido.org Teatro do Vestido: Travessa do Corpo Santo, nº 29, 2º 1200-131 Lisboa (Cais do Sodré) ________________________________ Acolhimento TdV: No espaço de trabalho da companhia, que possibilita uma relação de grande intimidade com o público, bem como a inigualável envolvência do Cais do Sodré, os projectos que programámos reflectem em primeiro lugar uma tentativa de apoio a estruturas e criadores emergentes, que procurem também nos seus processos e metodologias o desenvolvimento de uma linha de criação de nova dramaturgia e trabalhem a partir de materiais e questões que se inscrevem numa linha contemporânea e de pesquisa. Procurámos também colaborar com e apoiar projectos de criadores com quem temos afinidades e cujo trabalho queremos facilitar, apoiar, possibilitar. O espaço do TdV torna-se assim num espaço de partilha, colaboração, diálogo e divulgação de projectos que não só os da companhia. "…Até poderíamos sonhar com uma comunidade de sonhadores que se juntassem para sonhar o que vem aí." (John D. Caputo)