22:00 até às 01:00
Jarboe & Father Murphy l ZDB

Jarboe & Father Murphy l ZDB

8€
Entrada: 8€ | Bilhetes disponíveis na Flur Discos, Tabacaria Martins e ZDB (segunda a sábado 22h-02h) | reservas@zedosbois.org

Jarboe
Há ainda quem considere  Jarboe (La Salle Devereaux) uma figura passageira, uma nota de rodapé na história dos Swans. Ou, quando muito, a antiga parceira de Michael Gira, a mulher que contribuiu para que o grupo nova-iorquino tomasse, nos finais dos anos 80, o caminho para a melodia e a folk. Ora Jarboe nunca se acomodou (ou se adequou) a estas descrições. Em 1991 já iniciara a sua carreira a solo, e ao longo dos anos seguintes foi colaborando com músicos como Tony Mamoine (ex-Pere Ubu), Brian Castillo, Mika Vainio e Ilpo Väisänen (conhecidos como Pan Sonic). Na década seguinte, já longe dos Swans, iniciaria colaborações com os Neurosis e Justin Broadrick (com este lançaria, em 2008, o álbum J2, bem recebido pela crítica), trilhando e consolidando um percurso próprio, autónomo.

Envolta numa sonoridade nocturna, espectral, grave, construída com o auxílio de guitarras, teclados e sons de campo, a música de Jarboe foi sendo, no entanto, classificada como "gótica", termo que passou a significar uma condenação em termos comerciais e artísticos. Na verdade, falar de música gótica a propósito de Jarboe não é mais do que um equívoco. O que acontece é que nunca abandonou o tempo de uma música alheia (quando não contrária) aos aspectos mais frívolos da sociedade dos anos 80. Assumidamente ritualística, grave, negativa, quase romântica, mas não passadista ou nostálgica, e sim aberta à recriação de imaginários (como foi a dos Birthday Party, de J.G, Thirwell, dos próprios Swans e tantos outros). Assim foi e é aquilo que Jarboe tem feito.

Tal escolha viria a condicioná-la a uma certa marginalidade, mas nunca a um isolamento. Não lhe faltam amigos, companheiros, outros músicos prontos, desejosos a juntarem-se-lhe, como o EP que vai lançar em Setembro a meias com o duo italiano Father Muprhy tão bem exemplifica. É esse objecto que este concerto na ZDB celebrará, primeiro com a actuação dos próprios Father Murphy, uma banda que, com toda a justiça, foi elogiada por Julian Cope e Geoff Barrow (escutem “In Their Graves”, “Go Sinister” ou “Hide Yourself in the Woods”, perceberão porquê). E, em seguida, na reunião de ambos, da artista a solo e do duo, verdadeiro encontro de vozes e sensibilidades de um tempo que também é este. JM
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