Coreto - Associação para a Promoção de Artes e Culturas Tradicionais
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«Mar, metade da minha alma é feita de maresia. (...)» (Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Poesia”) Mar… lonjura que se faz perto, vastidão feita de ondas em eterno movimento: trazendo, lavando e levando. E uma e outra vez. Tal como tu... quando chegas e danças o que te vai na alma… lavando-a, como aqui o bem sabes fazer, e levando contigo muito da boa energia neste mar por todos partilhada... Aguardamos-te no local do costume... com o ritmo das marés a ser marcado pela playlist de Eduardo Carvalho. Até lá! Até já! «Mar, metade da minha alma é feita de maresia Pois é pela mesma inquietação e nostalgia, Que há no vasto clamor da maré cheia, Que nunca nenhum bem me satisfez. E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia Mais fortes se levantam outra vez, Que após cada queda caminho para a vida, Por uma nova ilusão entontecida. E se vou dizendo aos astros o meu mal É porque também tu revoltado e teatral Fazes soar a tua dor pelas alturas. E se antes de tudo odeio e fujo O que é impuro, profano e sujo, É só porque as tuas ondas são puras.» (Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Poesia”)
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