Integrado no programa de Arte Urbana do Porto, o Mural Coletivo da Restauração inaugura este sábado a sua quarta fase, com sete intervenções da autoria dos artistas Contra, Flix, Francisco Bravo, Heitor Corrêa, Bella Phame, My name is not SEM e Sabrina Lima. Vê aqui um breve resumo de cada uma das intervenções: Contra (Rodrigo Guinea Gonçalves) “Caos Organizado” pretende trabalhar o conceito através de uma composição fragmentada em várias áreas onde são exploradas diferentes texturas, cores e materiais. Nesta obra cria-se o caos, a confusão e a desordem, mas, com um olhar mais atento, revela-se a organização e um padrão subjacente a toda a peça. FLIX “Sardinha geométrica” é o título desta intervenção, que tem como objetivo refletir o espírito das tradições portuguesas. A sardinha é aqui utilizada por ser um dos símbolos da culinária portuguesa e é apresentada numa mistura com elementos geométricos de azulejos portugueses. Pretende-se sensibilizar pessoas que para a necessidade de ajudar a preservar os valores culturais de Portugal através dos seus símbolos. VIRUS (Francisco Bravo) Nesta obra retratam-se os tesouros que o Porto esconde e transmite-se o orgulho que é dizer “Sou do Porto”. A ilustração pretende mostrar que a tradição é das maiores riquezas que o país produz, revelando que, apesar de o Sol brilhar na cidade, há coisas que vão ficando esquecidas no fundo do rio. Heitor Corrêa Esta obra utiliza referências inspiradas nos símbolos e na atmosfera presentes nos Jardins do Palácio de Cristal, onde a figura principal é baseada nos pavões que deambulam pelos caminhos. BELLA PHAME Phame (Bella Amaral e Justin Santiago) “Sharing” retrata dois adolescentes que partilham fotografias através dos seus telemóveis. Esta obra representa as pessoas que se conectam ao mundo virtual e que passam mais tempo a observar a tela do telemóvel do que a prestar atenção ao que nos rodeia. A paleta de cores foi escolhida com intenção de representar o lado negativo da Internet. My name is not SEM (Filipe Granja) “KaleidoPorto” é uma visão alterada do Porto, inspirada pela vivência e usufruto que o autor tem da cidade. É uma composição onde se sentem as linhas chaves do tecido urbano, do relevo e das pessoas da cidade. Sabrina Lima Historicamente, o ser humano é migrante, mas neste momento é urgente reafirmar o que nos aproxima enquanto seres humanos. Este projeto pretende dar visibilidade e voz a imigrantes não europeus que vivem no Porto, através de retratos impressos em grande formato.