21:00 até às 22:30
Nós Matámos o Cão Tinhoso, Cia JGM * CC Ílhavo

Nós Matámos o Cão Tinhoso, Cia JGM * CC Ílhavo

Nós Matámos o Cão Tinhoso_Companhia JGM 
28 Outubro | CC Ílhavo | 21h00

O primeiro e mais extenso dos contos incluídos no livro, que inclusive lhe dá o título, "Nós Matámos o Cão-Tinhoso" é narrado através dos olhos e emoções de um menino moçambicano negro, chamado Ginho que vive numa cidade. 
A história desenvolve-se à volta de um cão vadio abandonado e doente, com o corpo coberto de feridas e de aspecto repelente que a todos enoja. Ginho o rapaz narrador de um modo igualmente semelhante é objecto de troça da parte dos seus colegas da escola, inclusivamente durante os jogos de futebol onde não o deixam participar. Ginho observa o cão e uma menina que com ele se relaciona e parece ser a única que o aprecia e por quem demonstra mesmo afecto. Ginho de um modo ambivalente começa a sentir pena do cão e desenvolve um sentimento de empatia em relação a ele. Um dia, o Ginho e um grupo de rapazes da sua idade são persuadidos e chantageados pelo Doutor da Veterinária para matar o cão que por sua vez é obrigado pelo Adminis- trador frustrado na sorte do jogo a fazê-lo. O Senhor Duarte, o veterinário chama os miúdos e tenta convencê-los como um amigo que fecha os olhos se eles forem buscar as espingardas e fizerem tiro ao alvo com o cão. O que se apresenta como um jogo de caça cruel vai-se transformando num poderoso momento afectivo de linchamento popular. Ginho está emocionalmente ligado ao cão e é pressionado pelos colegas a ser ele que dispare o primeiro tiro. A pressão de não parecer cobarde, de não ter e demonstrar medo de modo a ser aceite pelos seus colegas empurra-o para uma posição de onde não consegue escapar. Apesar de muitas discussões e pedidos aos outros meninos, ele não consegue convencê-los a não matar o cão. A própria rapariga que gostava do cão surge na cena final e um certo clima de erotismo se impõe de forma subtil entre os dois meninos. Apesar disso Ginho dispara e segue-se uma cena de orgia violenta de disparos sem sentido que descarregam toda a energia contida até então, funcionando como uma libertação metafórica. Antes de disparar Ginho tem um longo momento de confissão e remorso em face da responsabilidade que sente de ser o autor do crime, apesar de não ter querido participar nele.
 

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Ficha Técnica_

Texto Original_Nós Matámos o Cão Tinhoso de Luís Bernardo Honwana
Direcção e Encenação_ João Garcia Miguel
Assistente Encenação_ Rita Costa
Intérpretes_ Frederico Barata /David Pereira Bastos /António Pedro Lima e Sara Ribeiro 
Música: Ricardo Martins e Joana Guerra
Cenografia_Rita Prata e João Garcia Miguel
Direcção Técnica e Desenho de Luz_Luis Bombico
Direcção de Som_Manuel Chambel
Produção Executiva_Raquel Matos
Gestão de Projectos_ Tiago da Camara Pereira
Assessora de Imprensa_ Alcina Monteiro e Joana Rosa
Comunicação_ Alcina Monteiro e Sara Ribeiro
Fotografia, Vídeo, Design_ João Catarino


+ Infos
www.joaogarciamiguel.com
www.teatroibérico.org
sara@joaogarciamiguel.com
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