17:00 até às 18:30
VI Ciclo Mús. Antiga Sons Antigos a Sul_ Musicalischer Parnassus

VI Ciclo Mús. Antiga Sons Antigos a Sul_ Musicalischer Parnassus

SAS ‘17 | Ode a Maria
Dia 11 de Agosto 17:00
Ermida de N. Sra. de Guadalupe
Vila do Bispo [PT]
José Carlos Araújo cravo (harpsichord)
“Musicalischer Parnassus” 

Musicalischer Parnassus (Parnaso Musical) é o título da última colectânea de obras para tecla de Johann Caspar Ferdinand Fischer, publicada em Augsburg em 1738. O compositor, uma das figuras tutelares da música de tecla no mundo germânico da primeira metade de Setecentos — admirado, por exemplo, pelo jovem Bach —, tinha então 82 anos e decidia dedicar uma suite deste livro a cada uma das nove Musas, filhas de Zeus (Clio, Calíope, Melpómene, Tália, Érato, Euterpe, Terpsícore, Polímnia e Urânia). Este programa parte da obra de Fischer para explorar algumas das suas influências mais directas, bem como para revisitar a música dos seus contemporâneos franceses: da música poética de François Couperin, Le Grand, à gravidade exuberante das transcrições para cravo das Pièces de Viole de Antoine Forqueray publicadas pelo filho, Jean-Baptiste-Antoine, e ao apogeu da tradição francesa de música para cravo representada pelas obras de Rameau.
 
[EN]
Musicalischer Parnassus (Musical Parnassus) is the last book of keyboard works by Johann Caspar Ferdinand Fischer, published in Augsburg in 1738. Fischer, one of the most important composers of keyboard music in early 18th-Century Germany, greatly admired by the young J. S. Bach, was then 82 and had one suite in this work dedicated to each of the nine Muses, daughters of Zeus (Clio, Calliope, Melpomene, Thalia, Erato, Euterpe, Terpsichore, Polyhymnia and Urania). This programme explores some of Fischer’s most direct influences, as well as the music of his most distinguished French contemporaries: from the poetic works of François Couperin, Le Grand, to the luxurious gravity of Jean-Baptiste-Antoine Forqueray’s transcriptions of his father’s Pièces de Viole, and to the climax of the French harpsichord tradition, materialized in Rameau’s Pièces de Clavecin.


PROGRAMA
FRANÇOIS COUPERIN (1668-1733)
     Premier Prélude (L’Art de Toucher le Clavecin, 1716)
     La Ténébreuse. Allemande (Livre I, 3ème Ordre)
     La Favorite. Chaconne
     Troisième Prélude
     La Chazé (Livre II, 7eme Ordre)
     Les Silvains. Rondeau (Livre I, 1er Ordre)
     Huitième Prélude
     La Superbe ou la Forqueray (Livre III, 17e ordre)
 
JOHANN JAKOB FROBERGER (1616-1667)
     Tombeau fait à Paris sur la mort de Monsieur Blancrocher, FbWV 632
 
JOHANN CASPAR FERDINAND FISCHER (1656-1646)                        
     Chaconne (Musicalischer Parnassus, ca. 1700)
 
ANTOINE FORQUERAY (1671-1745)
     La Sylva (Pieces de Viole mises en Pieces de Clavecin, 1747)
     La Buisson. Chaconne
 
JACQUES DUPHLY (1715-1789)
     La Forqueray (Troisième livre de Pièces de Clavecin, 1756)
 
JEAN-PHILIPPE RAMEAU (1683-1764)
     L’Indifférente (Nouvelles suites de pièces de clavecin, 1727)
     Menuet
     L’Entretien des Muses (Pièces de Clavessin, 1724)
     Les Sauvages. Rondeau (1727)
 

Apontado como «um dos mais importantes intérpretes portugueses da actualidade» (Jornal de Letras), José Carlos Araújo tem desenvolvido o seu trabalho sobretudo em torno da música para tecla de autores ibéricos do período barroco e, muito particularmente, da obra de Carlos Seixas. Em Lisboa, estudou instrumentos históricos de tecla e interpretação de música antiga. Desde muito cedo influenciado pelas perspectivas interpretativas reveladas por Cremilde Rosado Fernandes e José Luis González Uriol, a oportunidade de trabalhar, mais tarde, com ambos estes mestres viria a informar de forma muito acentuada a sua concepção e abordagem aos repertórios para instrumentos de tecla do Sul da Europa.
A parte mais importante da actividade artística de José Carlos Araújo consiste em recitais a solo, quer em órgãos históricos, quer em cravo, clavicórdio e pianoforte, dedicando-se frequentemente a repertórios raramente explorados dos séculos XVII e XVIII. Consagrou ainda ciclos completos à música para cravo de J. S. Bach (Variações Goldberg, 2007 / Toccatas, 2010 / Partitas, 2013) e à integral de Seixas, assim como recitais em instrumentos históricos particularmente significativos, alguns dos quais veio a gravar também em CD. Colaborou com o Teatro da Cornucópia para a produção de A Tempestade de Shakespeare assinada por Luís Miguel Cintra e Cristina Reis, em 2009. Apresentou-se com numerosos solistas vocais e instrumentais, orquestras e agrupamentos modernos, como Alma Mater, o Coro Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sendo, todavia, com a orquestra barroca Divino Sospiro que tem vindo a trabalhar mais intensamente. Com este agrupamento, sob a direcção de Massimo Mazzeo, gravou as Siete Palabras de Cristo en la Cruz de García Fajer e o Stabat Mater de José Joaquim dos Santos para a editora Glossa. José Carlos Araújo dedicou-se ainda ocasionalmente à música para órgão e cravo de autores do séc. XX, em particular Luiz de Freitas Branco, Armando José Fernandes e Clotilde Rosa, que tocou com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Ensemble MPMP. Gravou para a RTP e para a RDP – Antena 2. Em 2004, foram-lhe atribuídos o Primeiro Prémio e o Prémio do Público no concurso Carlos Seixas, pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Inaugurou o selo discográfico Melographia Portugueza (MPMP) em 2012, com os primeiros CDs da primeira gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas. Deste projecto estão já disponíveis 7 CDs, gravados em instrumentos históricos, alguns dos quais em estreia discográfica.
Licenciou-se pela Faculdade de Letras de Lisboa, onde estudou Filologia Clássica. É actualmente investigador do Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa, onde tem vindo a trabalhar na primeira tradução em português das Epistulae de Plínio e, em parceria, dos Facta et Dicta Memorabilia de Valério Máximo. Publicou estudos sobre Filologia Clássica e apresentou comunicações a congressos de Estudos Clássicos e Comparatistas. Colabora regularmente em Euphrosyne – Revista de Filologia Clássica.

[EN]
According to Jornal de Letras, as a soloist on both harpsichord and organ, José Carlos Araújo is «one of the most important Portuguese musicians of today». The core of his work has been the Iberian Baroque keyboard repertoire, and most significantly the works of Carlos Seixas. José Carlos Araújo studied early keyboard instruments and basso continuo in Lisbon. He was, from a very early age, influenced by the aesthetic and performance insights disclosed by Cremilde Rosado Fernandes and José Luis González Uriol, and so, the chance of working privately with both, at a later time, was something which would inform in a very important way his conception and approach to the keyboard repertoires of Southern Europe. A major portion of Araújo’s artistic activities consists of solo recitals, either at historical organs, or at the harpsichord, clavichord and fortepiano, where he usually brings to light largely unexplored music from the 17th and 18th centuries. He also plays frequently complete Bach recital cycles (such as the Goldberg Variations, in 2007, the Toccatas, in 2010, and the Partitas, in 2013), as well as the Seixas complete programme he is currently undertaking, and recital programmes in historical instruments of greatest importance, some of which he also recorded on CD. At the Cornucópia theatre, in 2009, Araújo had the privilege to be playing the harpsichord for the production of Shakespeare’s The Tempest, under Luís Miguel Cintra and Cristina Reis. He has also been playing basso continuo for a number of years with a number of vocal and instrumental soloists, as well as modern orchestras and ensembles, such as Alma Mater, the Gulbenkian Choir, the Portuguese Symphony Orchestra and the Orquestra Metropolitana de Lisboa. However, his most intense continuo and chamber music work has taken place with the Divino Sospiro baroque orchestra, with which he recorded José Joaquim dos Santos’ Stabat Mater and Siete Palabras de Cristo en la Cruz by García Fajer, under Massimo Mazzeo (Glossa). José Carlos Araújo is also no stranger to contemporary music: he played Armando José Fernandes’ harpsichord concerto and performed works by Luiz de Freitas Branco and Clotilde Rosa together with Grupo de Música Contemporânea de Lisboa and the Ensemble MPMP. He recorded for RTP and RDP – Antena 2. Araújo won the First Prize and the Audience Prize in the 2004 «Carlos Seixas» Harpsichord Competition, awarded by the centennial SHIP – Sociedade Histórica da Independência de Portugal. In 2012, he would start a new CD label, «melographia portugueza» (MPMP), with the first CDs of a complete recording of Carlos Seixas’ keyboard music, a commitment which had never been undertaken before. Seven CDs have already been issued, with recordings at historical instruments, some of which were even recorded for the first time. After completing a degree in Classics at the University of Lisbon, Araújo has been working as a researcher in the field of Classical Latin Literature at the Centre for Classical Studies in Lisbon. He works on the first Portuguese translation of Pliny’s Epistulae and, as co-author, of Valerius Maximus’ Facta et Dicta Memorabilia. He has published essays on Classical Philology and presented papers at international conferences on Classical and Comparative Literature. He collaborates in Euphrosyne – Revista de Filologia Clássica.


VI Ciclo de Música Antiga Sons Antigos a Sul 
“Ode a Maria”

O Ciclo de Música Antiga Sons Antigos a Sul [SAS] é um projecto anual dirigido pela Academia de Música de Lagos de promoção e divulgação da Música Antiga no Algarve, envolvendo ensembles profissionais nacionais e internacionais, iniciado no Verão de 2012 no Barlavento Algarvio. O VI SAS 2017 mantém a programação na Ermida de Nossa Senhora da Guadalupe [DRCultalg / Vila do Bispo], todas as Sextas-Feiras de Agosto pelas 17h00, tendo já percorrido nestas V Edições, diversos espaços patrimoniais de Lagos, Portimão e Vila do Bispo.  Em 2017, estende a sua programação para a Igreja Matriz de Monchique, dedicada a Nossa Senhora da Assunção. “Ode a Maria” é o tema para 2017 e contará com quatro ensembles de craveira nacional e internacional, designadamente, Ensemble Residente “SonsAntigos a Sul” com Eduardo Ramos como convidado especial no alaúde; José Carlos Araújo (Portugal), o novo nome do cravo e órgão em Portugal, responsável pela epopeica gravação da obra integral para tecla de Carlos Seixas; a estreia em Portugal do Ensemble "Le Voci delle Grazie" (Holanda / Portugal) dirigido por Laura Lopes com um programa dedicado a Virgem Maria e Maria Madalena sob o olhar dos compositores italianos do séc.XVII  e.g. Tarquinio Merula, Giovanni Legrenzi, Claudio Monteverdi, Ercole Bernabei e finalmente, a residência artística-concerto dedicada aos amantes da polifonia portuguesa com os Seconda Pratica (Holanda / Portugal), dirigidos por Nuno Atalaia Rodrigues e Jonathan  Alvarado, que apresentarão um serviço hipotético para Maria Madalena baseado em fontes portuguesas do séc. XVI e com o apoio do CESEM - Centro de Estudos de Sociologia e Estética da Música. O VI SAS está inserido no Programa de Apoio Sustentado às Artes e Espectáculos, estrutura financiada pela Direcção Geral dasArtes/Ministério da Cultura, com o apoio da Diocese do Algarve, Município de Monchique e Direcção Regional de Cultura do Algarve (Cultalg). O concerto inaugural de dia 4 de Agosto é apoiado exclusivamente pela Cultalg.



VI Early Music Festival Sons Antigos a Sul 
“Ode to Mary”

[EN]
The Early Music Festival Sons Antigos a Sul [SAS] is a unique project of AML, on the promotion of Early Music throughout the western part of the Algarve region, which aims to introduce this genre to wider public appreciation. The first series happened in August 2012, and gave privileged access to cultural heritage venues, affording original acoustic sound throughout every weekend of August. This cycle continues to embrace the Ermida da Guadalupe (supported by Directorate Regional for Culture in theAlgarve), a recognized Portuguese heritage site with concerts being held every Friday of August at 5pm. In 2017, the Festival makes an homage to Virgin Mary and the Feminine, with concerts performed by national and international specialists in the fields of Early Music, using historical instruments. 4thAugust is the Opening concert held by Algarve Resident Ensemble “Sons Antigos a Sul” [PT] with special guest Eduardo Ramos (lute) and 11th August a special harpsichord virtuoso in baroque music José Carlos Araújo [PT]. Third and Fourth Ensemble will bring two emergent talented Ensembles led by Portuguese fine musicians living in the European Diaspora: Le Voci delle Grazie [NL] directed by Laura Lopes , and Seconda Pratica directed by Nuno Atalaia [NL]. 

The Opening concert of the SAS is supported by the Directorate Regional for Culture in the Algarve. The remaining concerts are partially supported by the Arts Support programme runned by the Directorate General for the Arts / Ministry of Culture, and the Municipality of Monchique. 

* * *

O  VI Ciclo de Música Antiga Sons Antigos a Sul é uma iniciativa da Academia de Música de Lagos / The VI Edition of the Early Music Festival Sons Antigos a Sul is an initiative by Academia de Música de Lagos

Presidente da Direcção / Chairman of the board: José Viegas Gonçalves
Direcção Artística e de Produção / Artistic Directior and Producer: Daniela Tomaz
Apoios / Support: Ministério da Cultura, Direcção-Geral das Artes, Direcção Regional de Cultura do Algarve, Município de Vila do Bispo
Parceiros de Comunicação / Media Partners: Antena 2

* * *

Agradecimentos são devidos muito particularmente à Arq.ª Daniela Tomaz
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android