À partida, dir-se-ia ser um duo de free jazz, com um saxofone barítono e uma bateria. Até que é, mas por outro lado não é. Os sons retirados do sax são processados por uma pedaleira de guitarra e outros, electrónicos ou com linhas de baixo, são-lhes adicionados. Às tantas lembramo-nos dos Van der Graaf Generator, uma das coisas boas que o prog nos deu. A bateria, por sua vez, tem extensões híper-amplificadas, e além do pedal do bombo e do pedal do hi-hat há um pedal de luzes. O que parece ser free jazz converte-se em punk hardcore. É como se a dupla de Alan Wilkinson e Eddie Prévost se metamorfoseasse nos Lightning Bolt, tirando-nos o tapete de debaixo dos pés. Os ParPar são Par (Pedro Arelo) e Par (João Sousa), militantes do colectivo A Besta e dois dos mais inconformados e desconformes músicos das redondezas. Ou talvez não sejam, porque as máscaras não nos deixam ver-lhes as feições. Tenham medo, tenham muito medo.
Pedro Arelo: saxofone barítono
João Sousa: bateria
Programação: Rui Eduardo Paes
Quota extraordinária; 5€ (sócios 4€)
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