DANÇAR AO CAIR DA TARDE segunda à sexta-feira 24 a 28 de julho 18h às 19h30 Investimento: 45,00€ (semana) 10€ (dia) Encontramos-nos no estúdio para acabar o dia em dança. Uma aula mexida, uma ginástica poesia, um possível treinamento do pensamento em forma de movimento dançado. Todos os dias, de segunda à sexta, Mariana Lemos abre espaço para partilhar o que pode ser uma aula de dança, singular, construída no coletivo do dia, com o tom, o sabor e a luz do momento. Uma aula é um espaço de criação. Não acontecem duas iguais e o plano de trabalho previsto é sempre um chão para percorrer o que o momento vai trazer e nunca um guião fechado. Chegar, alisar o chão com os pés, olhar pela janela, correr, aquietar. Estender uma mão e agarrar a meia. Como foi o teu dia hoje? Ligar o som, escolher ser escolhida. Deixar-se ficar mergulhada no chão, chão, chão. Muitos corpos a rebolar, atravessam uma sala branca cheia de janelas para a rua que entra por dentro do corpo espiral sem fim. A luz do dia a apagar-se na luz da noite convida o corpo, pergunta. Correr, saltar, espiralar, rodopiar, deslizar, agarrar, puxar, empurrar, segurar, suportar, abrir, fechar, repousar, descansar, dedilhar, aninhar, comprimir, expandir, deslocar, dobrar, curvar, esticar, arquear. O convite é aberto e o corpo é livre. Enquanto bailarina e professora, entendo a ferramenta técnica da dança como uma habilidade que permite aceder ao corpo, sentir, deixar aparecer o gesto, e a partir daí sugerir caminhos de movimentos a serem explorados. Estas aulas são um convite para criarmos em coletivo um trabalho de descoberta e potencialização dos gestos de cada um. Acontecem no trânsito, entre o convite que é lançado e as propostas que surgem do encontro entre cada pessoa que aparece para dançar, o plano de trabalho que adivinhava e a observação a todo momento do que pode cada um. É no feedback, na ressonância do convite, na sugestão e no acompanhar do desenvolvimento poético que acontece a dança. imagem: Julia Fernandez