21:45 até às 16:00
O Senhor Ibrahim E As Flores Do Alcorão

O Senhor Ibrahim E As Flores Do Alcorão

O SENHOR IBRAHIM E AS FLORES DO ALCORÃO
“Aquilo que dás é teu para sempre;
O que guardas, perde-se para sempre.”

“Existem alguns textos que levamos connosco tão naturalmente que nem percebemos o quanto eles são importantes. Escrevê-los é como respirar (…) Escrito do coração e pelo coração. (…) Quem são Momo e o Senhor Ibrahim?
Duas pessoas que passam despercebidas pelo mundo. Momo é filho único, sem mãe e um pai que mal merece ser reconhecido como tal, demasiado mergulhado numa depressão para conseguir cuidar do seu próprio filho, ensinando-o o gosto pela vida e pelos seus princípios. Em relação ao senhor Ibrahim, a única coisa que lhe é solicitada é a possibilidade de conferir a ambos uma boa oportunidade. O homem e o menino mudam as suas vidas enquanto se conhecem. O encontro deles é um enriquecimento maravilhoso.
Houve muita verborreia sobre o facto da criança ser da Judeia e o merceeiro ser muçulmano. Com razão. Foi propositado. Eu propus-me a provar algo e a ser provocador. A minha intenção era demonstrar que em muitos lugares do mundo pessoas de diferentes religiões, de diferentes origens conseguem viver em harmonia (…)Senti que era importante contar uma história de fraternidade com uma mensagem de felicidade. (…)As histórias têm uma responsabilidade a desempenhar na vida da mente, até mesmo pequenas histórias. O Senhor Ibrahim ensina Momo coisas essenciais: sorrir, conversar, a olhar as mulheres com um 
olhar que vem do coração e não da luxúria. Ele revela-lhe um universo mais contemplativo e até o ensina a aceitar a morte - tudo o que o Senhor Ibrahim aprendeu com o seu Alcorão. São coisas que se poderia aprender noutro lugar, mas o Sr. Ibrahim aprendeu-as no seu Alcorão. "Eu sei o que está no meu Alcorão", diz repetidamente. Quando ao Momo é entregue a cópia do Senhor Ibrahim, ele encontra dentro flores secas. O seu Alcorão é o texto, mas também é o que o Sr. Ibrahim colocou nele: a vida, o modo de leitura, a interpretação. A espiritualidade não consiste na repetição das orações da moda, mas em entender o significado e compreender o conceito e as suas implicações. A verdadeira espiritualidade só vale a pena quando a obediência e a liberdade estão equilibradas. Aqui está a explicação que constantemente me pedem, a explicação do misterioso título, O Senhor Ibrahim e as Flores do Alcorão.” 

Bruxelas, 16 de Novembro de 2004 
Eric-Emmanuel Schmitt

Ficha Artística
Autor| Eric-Emmanuel Schmitt Schmitt
Cenografia | José Carlos Barros
Desenho de Luz | Júlio Filipe
Assistente de Indumentária | Letícia Santos
Assistente de Encenação e Direcção de Cena | Rita Reis
Versão Cénica e Direcção| Júlio Cardoso
Interpretação|  Fernando Soares
                           Miguel Batista
Fotografia| António Alves

M/12
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