“VIAGENS AFETIVAS” TRAZEM À MURTOSA OS PROJETOS “NOA NOA” E “REPORTÓRIO OSÓRIO” Concertos e visitas guiadas personalizadas, ao longo do ano, pelos diferentes espaços que guardam a memória e a identidade das gentes marinhoas. É este o desafio das “Viagens Afetivas”, organizadas pelo Município da Murtosa, que terão a sua primeira edição no dias 23 e 24 de junho, centrada em dois espaços museológicos Murtoseiros: a COMUR-Museu Municipal, no centro da vila da Murtosa, e a Casa-Museu Custódio Prato, na freguesia do Bunheiro. Os participantes são convidados a vir conhecer, pela voz de guias da comunidade, a história e a importância dos lugares, enquanto repositórios da identidade coletiva. As visitas culminam com concerto, nos locais de acolhimento, de cariz intimista. Assim, a COMUR-Museu Municipal recebe, na sexta-feira, dia 23 de junho, o projeto “Noa Noa”, enquanto que a Casa-Museu Custódio Prato acolherá, no sábado, dia 24 de junho, a apresentação do espétaculo “Reportório Osório”. Os concertos iniciam-se às 22H00 e são antecedidos de visitas guiadas, a partir das 20H00. A entrada é livre. A iniciativa “Viagens Afetivas” realiza-se no âmbito do projeto de programação cultural em rede, promovido pelos Municípios integrantes da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro. VIAGENS AFETIVAS Os lugares, dos mais emblemáticos aos menos óbvios, guardam memórias e contam as histórias que, em conjunto, fazem a nossa História coletiva. Uma História que nos remete, sempre, para a relação ancestral entre o Homem, a Terra e Água, que forjou, ao longo dos séculos, a têmpera dos Murtoseiros. A descoberta dos sítios e dos espaços da Murtosa, enquanto elementos definidores de identidade, é o objetivo da iniciativa “Viagens Afetivas”, que acontecerá ao longo do ano de 2017, em lugares tão distintos quanto os cais e ancoradouros, os museus, as escolas, as praças ou as igrejas. Culminando sempre com uma proposta musical de qualidade, que faça a ponte entre a tradição e o contemporâneo, as “Viagens Afetivas” terão como guias pessoas da comunidade, conhecedoras dos espaços e das histórias que estes encerram. NOA NOA Fundado por Filipe Faria e Tiago Matias em 2012 – antecipando o 110º aniversário da morte do pintor pós-impressionista Paul Gauguin (1848-1903) - Noa Noa procura explorar, em música, as fronteiras da liberdade criativa que os artistas da viragem do século XIX para o XX propunham alcançar. Em Noa Noa, Filipe Faria e Tiago Matias assumem o papel antigo do músico multifacetado e poli-instrumentista bebendo tanto duma intensa experiência profissional de mais de uma década na área da Música Antiga como do gosto comum pelo risco e pela capacidade íntima da música. De uma visão descomplexada e informal dos repertórios europeus para voz e alaúde, dos séculos XVI a XVIII, às músicas populares da Ibéria e da Europa com os cheiros e travos inevitáveis do torna viagem – marca de água da Europa pós aventura marítima – a música de Noa Noa assume uma construção moderna tendo como ponto de partida o diálogo essencial da voz com a multiplicidade de instrumentos antigos de corda pulsada. REPORTÓRIO OSÓRIO Reportório Osório é uma colecção de canções, aliando a escrita sagaz de Luís Miguel Fernandes à magistral música de Luís Cardoso. Um desfiar de histórias pessoais no masculino, quase sempre íntimas, do dilema ao dilúvio em poucas estrofes. O quotidiano das relações afectivas transformado em canções irónicas, para não lhes chamar heróicas. O resto são... canções, as mais belas canções de umor.
