Pelo segundo ano consecutivo o Com Calma vai participar na Festa da Diversidade. Juntem-se à festa e procurem a nossa banca colorida, com caipirinhas e boa disposição e contribuam para a sustentabilidade deste projecto com muita calma e alegria =) A entrada é gratuita, a festa garantida e a programação é incrível! PROGRAMA Sábado 17 16h Alquimia do Ritmo/SomFala 17h Rini & Juju 17h30 Maria Viana 19h Intervenção Marcha LGBTI 20h Favela Lx 20h30 Zecando 21h Isaley 21h30 Bavaschôro 22h Tiago Gomes 22h30 Braima Galissá/Jeã Di Assis 23h Pedro Branco 24h Tropicaustica/Ritmos Cholulteca 2h00 ENCERRAMENTO Domingo 19 16h Tocá Rufar 16h30 A Flor do Lácio 17h30 Piménio Ferreira 18h00 Guto Pires 18h30 Crocodilo Criolo 19h30 Coro da Achada 20h00 Debate - Populismos e Ext. Direita 21h30 Michel William 22h00 Costa Neto 22h30 Pacas 23h They Must be Crasy 24h ENCERRAMENTO EVENTO: https://www.facebook.com/events/1875998562665212/ Esta será a décima Festa da Diversidade organizada em Lisboa. Na Ribeira das Naus, no próximo fim de semana. Este ano, uma vez mais, além da celebração da diversidade, visível nas intervenções culturais (da música cigana ao Jazz, dos tambores e djambés à poesia, do acordeão à kora, passando pela música popular portuguesa e africana ou francesa, ou brasileira, do rock à música afro-peruana, nas danças e ritmos que dj's, grupos corais, queers, africanos, latino americanos, luso alemães, cantautores de várias origens). A diversidade também se nota nos sabores que as associações participantes nos convocam a degustar, sobretudo, pelas temáticas que defendem. A Festa da Diversidade não é para nos fazer "esquecer" do que se passa à volta, como a lei da nacionalidade ou a discriminação racial cujas propostas de alteração apresentadas pelas forças mais conservadoras não auguram nada de bom. Bem pelo contrário, esta Festa procura lembrar e ajudar a impulsionar a luta pelo direito de que quem cá nasce tenha a nacionalidade portuguesa, e que os crimes xenófobos e racistas são isso mesmo: crimes! A Festa da Diversidade também nos deve lembrar que: enquanto exportamos um discurso "humanista" e de defesa dos direitos humanos, cá dentro, continuamos a descaracterizar as cidades expulsando para a periferia, para os guetos, aquelas e aqueles que lhes davam vida, diversidade e continuamos a mostrar à comunidade cigana que não os queremos por perto; enquanto exportamos "democracia", impedimos centenas de milhares de pessoas de votar; enquanto exportamos "liberdade", reconstruimos muros e fronteiras e pagamos fortunas para os defender. A Festa da Diversidade também não se esquece das dezenas de jovens ciganos e afrodescendentes que foram assassinados sem que justiça fosse feita. NEM MUROS, NEM FRONTEIRAS A Festa da Diversidade traz ao encontro, no espaço público da cidade, os vários saberes, sabores e sons do mundo, com dignidade, respeito e igualdade. Portugal é um país multicultural e, isto é hoje em dia, um facto inegável. Mas Portugal continua a não ser um país intercultural, porque a afirmação da sua diversidade cultural continua ainda presa aos estereótipos da xenofobia e do racismo e há pouca ou quase nenhuma interacção entre as várias culturas.A Festa da Diversidade procura romper com esta realidade. A Festa da Diversidade procura estimular saber os outros saberes do mundo, saborear os outros sabores do mundo, conhecer e sentir as outras sonoridades do mundo. Mais do que celebrar a diversidade, o que propomos com a Festa da Diversidade é contribuir para o diálogo intercultural que permita, para além de reconhecer e aceitar a diferença, vivência-la e pratica-la com respeito. Mais que celebrar queremos viver a diversidade!
