21:30 até às 22:30
A Bota Velha

A Bota Velha

A BOTA VELHA
15 julho
sábado 21h30
 
M/6 Teatro
50m
Sobre
Parti desafiando um amigo, um ilustrador que à revelia deixava escorrer lúcidos, absurdos e estimulantes escritos. Encantou-me a forma como desencadeava humor nas anormalidades do dia-a-dia, ora envergando nós, estrutura Animateatro, uma especial estimação pelo tratar a seriedade de forma estranha, instiguei-o, acedeu gentilmente e de tecla em punho presenteou-nos com uma viagem que tanto veste absurdo, melancolia como comicidade.
No processo dramatúrgico, o que mais se demarcou foi a intenção em explanarmos a disparidade entre o ficcional e o real, entre gerações, entre o brincar e o estagnar. Saberá quem nos lê que, muitas vezes, por nos considerarmos vetustos, não nos permitimos à ação de foliar, não deixamos fruir a diferença que nos circunda, fechamos janelas, inibimos experiências de entrar.  Na solitude da maturidade, frequentemente resgatamos imagens a uma memória imberbe, vestida de uma beleza inócua que se dilui lentamente, mas à qual inconscientemente persistimos em ancorar. Lá, questionamos de forma labiríntica os momentos, existe a dificuldade em discernir o real ou fabricado, entre a ilustração ou fotografia, mas é crucial registar o pormenor, pois sem ele o que seria do beco, da bicicleta ou até da vizinha.
Tratamos uma viagem recheada de passados possíveis. (Lina Ramos)

Sinopse
Quantos queres? Sim é aquele jogo em que podemos escolher, onde pequenas pintas com cores nos instigam, revelando estreitas janelas, potenciando vastas possibilidades. Quantos pormenores queres? Há Vermelho que traz uma vizinha com sete chapéus, o verde que carrega a bicicleta velha do carteiro novo, o amarelo que imponentemente revela o par de pombas nas suas assembleias gerais.
Se abrirmos um buraco, se puxarmos um fio, o que acontecerá? Uma memória fabricada, um futuro aberto, um presente intemporal, uma bota que é velha? Pode até não acontecer nada, pode até ser tudo uma brincadeira.

Ficha Técnica e Artística
TEXTO: Rodolfo Bispo | CO CRIAÇÃO: Cláudio Pereira e Lina Ramos | INTERPRETAÇÃO: Cláudio Pereira e Lina Ramos | SONOPLASTIA: Cláudio Pereira | DESENHO DE LUZ, FIGURINOS E CENÁRIO: Cláudio Pereira e Lina Ramos I EXECUÇÃO DE FIGURINOS: Maria Teresa Beirão e Lina Ramos | SERRALHEIRO: José Galego | ILUSTRAÇÃO; GRAFISMO: Rodolfo Bispo | FOTOGRAFIA: Patrícia Ricardo

PRODUÇÃO: Animateatro
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