22:00 até às 01:00
Má Religião Má Civilização - Pintura - Alexandre Magno

Má Religião Má Civilização - Pintura - Alexandre Magno

Inauguração de "MÁ RELIGIÃO MÁ CIVILIZAÇÃO"
Exposição de Pintura de Alexandre Magno.

O Carmo'81 recebe na sua Sala Maior uma exposição individual de pintura de Alexandre Magno.
A exposição estará patente até 3 de Julho.

"A pintura de Alexandre Magno de feição Pós-modernista, conjuga a figuração clássica do desenho a uma desconstrução do espaço e da luz. 
Através de um modus operandi próximo do informalismo e de uma peculiar técnica mista, blasona um universo onde as imagens se decompõem em veladas sombras e fortes luminosidades. 
Subvertendo a perspectiva cónica, pontua o espaço de múltiplos pontos de vista, que desafiam o observador a renovadas conspecções. 
Consubstanciando-se em memórias extemporâneas, a narrativa regista a verdade do absolutamente vulgar face ao inoportuno e anacrónico quotidiano. Assim, acrimoniosamente abre-se a porta para o outro lado do tudo."



Alexandre magno, pintor
(pelo próprio)

	Nasci a 2/9/66, em Nova Lisboa – Huambo. 
Desde pequeno, sempre que tenho na mão algo que risque, desenho onde seja possível.
Em 1989 entrei para a ESBAP onde fiz o primeiro ano do curso de Escultura. No ano seguinte fiz o primeiro do de Pintura. No fim de 1995 terminei, na ESBAL (já FBAUL nesse ano), o curso de “Artes Plásticas-Pintura”.
Depois disto tudo foi procurar ser pintor a tempo inteiro – o que ainda não consegui.


Que viagens eu faço para chegar.

Com os meus quadros vou de viagem sempre que lhes pego. A pintura une duas boas coisas: é o meu passe para o transporte que se paga a tinta e pincel e a tela é o veículo que me leva a qualquer lado onde nunca fui, não conheço e nunca vi.
As minhas imagens têm várias sensações em cada pedaço delas. Os caminhos são muitos, intrincados e sónicos. As chegadas não são obrigatoriamente terminais. As composições constroem-se a partir de duas dimensões num espaço branco onde a narrativa começa quando surge a primeira mancha de cor. À medida que esse espaço se enche de manchas de diversas cores e vai focando formas numa procura do esboço de coisas e contextos, vai-se construindo a composição. 
O imprevisto e o desconhecido fazem parte do meu gozo de pintar. Em vez de procurar o que pintar, (que me dá muito mais trabalho), pinto o que me é dado a pintar – o que quer que saia da tela ou da superfície branca, esse máximo de luz onde está tudo. Tenho em grande consideração a cor branca pois o seu efeito em mim é o de inquietação e de curiosidade – a partir do momento em que olho para a tela em branco, não descanso enquanto não desfaço o branco em cores e formas à procura de sensações, preocupações, atenções, estados de espírito não procurados que comandam livremente a focagem, materialização, construção e desconstrução da imagem. Efabulo com que me vai sendo dado até ao ponto em que sinto o fim de uma narrativa – a composição fica terminada, a imagem já tem a sua história a contar. Depois procura-se outro pedaço de branco para limpar a claridade a mais e materializar nova imagem.
	

Inspirações.

Não espero por inspirações. 
Pego num rectângulo branco e pinto. (ponto.) 
A vida são dois dias: num nasci, no outro ou pinto ou nunca existi.
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