Equanimidade - Ânimo Inalterável funde vários códigos de apresentação: dança, instalação, artes visuais, luz e paisagens sonoras. Na criação sonora, o músico Jochen Arbeit utilizou discursos e reflexões de artistas diversos: John Cage, Marina Abramovic, Lydia Lunch, Timothy Leary, Miles Davis, Tilda Swinson, Lee Scratch Perry e Laurie Anderson. Esta invocação de materiais, que se interlaçam entre si perante o espectador, instala-se no palco para ser escultura, cinema, música, movimento, divagação e reflexão que apela à sensibilidade de cada espetador. Os vários estados e histórias que produzem convocam necessidades e reflexões comuns a todos - são partilhas. Dos corpos dos bailarinos constroem-se estruturas que existem para erguer ou furar sistemas de funcionamento e colaboração, manifestando-se as complexidades como simplicidades que nos rodeiam. São estruturas feitas por corpos encaixados em corpos, carregando corpos, sendo suporte para outros corpos e que juntos criam um espaço envolvente, o meio ambiente, o cenário, eventualmente a abstração. Dos corpos dos bailarinos saem imagens que abrangem o coletivo, partindo incondicionalmente do indivíduo para mais tarde regressar à intervenção do grupo e em grupo. Deixar que os ouvidos, os olhos e as sensações venham ter connosco para que em seguida, em conversa, cada um possa dar a sua presença. E essa, sim, é sempre válida como a do outro é válida. Assim também acontece em palco entre bailarinos e intérpretes, coreógrafa e músico, vídeo, luz e espaço. Tal como os materiais e médiuns, apela-se à co-habitação de texturas, pensamentos, narrativas não lineares, mas entendidas por si. Mais do que atribuir sentido linear aos acontecimentos em palco, o trabalho da coreógrafa Vânia Rovisco apela incessantemente para a obra ser experienciada e não resolvida! / Direção Artística Vânia Rovisco Interpretação Beatriz Oliveira, Beatrice Cordier, Carolina Rocha, Francisco Belard, Sérgio Diogo Matias Corpo coletivo Ana Viveiros Duarte, Diana Cordeiro, Tea Sculac, Sabrina Ramos Assistente Dramaturgia e Interpretação Zé Luís C Composição Sonora Jochen Arbeit Desenho de luz Vânia Rovisco Coprodução | Walk&Talk; Teatro Micaelense; Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas Residência Artística | 4 a 28 julho / VÂNIA ROVISCO, define-se desde 2008 como artista visual performativa, inserindo o corpo na galeria de arte, onde expande o seu trabalho para outros médiuns – instalações ao vivo, luz, vídeo. Entre 2001 e 2007 foi intérprete da coreografa Meg Stuart/Damaged Goods. Dá workshops, faz direção de movimento e continua a trabalhar como interprete. Entre 2012 e 2015 colaborou em termos curatoriais com o Museu Arpad Szenes Vieira da Silva. Em 2013 estreiou o solo The Archaic, Looking Out, The Night Knight e em 2014 encenou Silos de carros e estradas giratórias para 10 homens. É co-fundadora de plataforma artística Aktuelle Arquitektur der Kultur –AADK, e o seu mais recente projecto Reacting to Time - portugueses na performance lida com o arquivo e transmissão de obras a partir de finais dos anos 60. Preço | €10 (descontos aplicáveis) M/16 No âmbito da programação do Walk&Talk 2017