21:30 até às 23:30
Esta Noite Grita-se: Câmara Ardente!

Esta Noite Grita-se: Câmara Ardente!

Esta noite grita-se... Câmara Ardente!
de Harold Pinter.

19 de Maio, 21h30
Bar Irreal (entrada livre)

20 de Maio, 21h00
Fábrica Braço de Prata (5€ para entrada geral no recinto)


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Esta noite grita-se… Câmara Ardente!
Texto: Harold Pinter
Tradução: Graça P. Corrêa
Direcção: Miguel Maia
Interpretação: Filipe Abreu, Frederico Barata, Isabel Costa, Isac Graça, Paulo B. e Telmo Mendes
Gravação de Som: Felix Brückelmann
Fotografia: Sónia Godinho
Desenhos: Catarina Rodrigues
Design Gráfico: Patrícia de Deus
Uma co-produção: Inquietarte e Companhia Cepa Torta


Esta peça, de título original “The Hothouse”, foi escrita em 1958, embora só tenha sido editada em 1980 e estreada nesse ano em Londres com encenação do próprio Pinter. Em Portugal foi levada à cena em 2001 numa tradução e encenação de Graça P. Corrêa n’A Capital. O drama passa-se numa clínica de investigação e tratamento psiquiátrico, num ambiente asfixiante, caricatura de uma sociedade altamente burocratizada e entretida em jogos de poder. Nesta “câmara” os doentes, conhecidos pelos seus números, supostos dissidentes que naquele local foram colocados para um processo de normalização, são tratados dos seus desvios sociais. Pinter surge-nos com um conjunto de personagens cujo comportamento num primeiro olhar remete para o absurdo e o cómico despropositado. Mas é no assumir desse ridículo que reside a própria crueza da peça: olhamos para um laboratório do comportamento humano, espelho de uma sociedade repleta de indivíduos que se perdem na manipulação dos seus poderes e na teia desumanizante que criam e que, no final, inevitavelmente os aprisiona.


«ROOTE - Eu estava aí onde você está agora . Pode ter a certeza. A dizer sim doutor, não doutor e com certeza doutor. Exactamente como você agora. E não subornei ninguém para chegar aonde cheguei. Subi a pulso. E quando o meu antecessor... se reformou... eu fui convidado a assumir a posição dele. Você faz alguma ideia da razão por que me chama doutor agora?
GIBBS - Sim, Doutor
ROOTE - Então porque é?
GIBBS - Porque era assim que o senhor lhe chamava, Doutor .
ROOTE - Exactamente!»

Texto originalmente publicado em:
Cotovia, Revista Artistas Unidos - nº8 - Julho 2003
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android