23:45 até às 06:00
Voiski [live] x Dexter

Voiski [live] x Dexter

Conta-nos Voiski que a sua vida musical despertou num dia em que um professor de arte o trancou 5 horas numa sala, a ouvir uma peça de Philip Glass. Nessas 5 horas, ficaram depositadas nele as sementes de dois elementos essenciais da sua música : a subversão e a repetição. É uma fórmula com que o parisiense se tem dado bem, ao ponto de ser visto como o expoente máximo do moderno techno francês, se pensarmos que este tem uma era “pós-Laurent Garnier”.

A repetição é um factor bem notório nas luxuriantes grinaldas melódicas que adornam as suas composições, onde as notas se expandem em espiral sobre pujantes grooves motorizados, criando uma curiosa mistura que se poderia descrever como Steve Reich a fazer trance, uma palavra que para muitos se tornou uma heresia nos últimos anos na música de dança, mas da qual Voiski não se esconde. A subversão desafia-nos através da forma como Voiski sobrepõe ambientes corrosivos, perversos ou até melancólicos, a ritmos soltos e brincalhões que arrancam e param como se fossem lançados para becos sem saída e de repente resolvessem fazer marcha-atrás. São combinações intoxicantes e alucinógenas que permitiram a Voiski ganhar espaço em algumas das labels mais fulcrais da actualidade, como a Dekmantel ou a L.I.E.S ou até, ainda há poucas semanas, ganhar essa espécie de medalha de honra que é ter os grandes Leftfield a convidarem-no para remisturar uma faixa do histórico Leftism. 

Uma referência que Voiski gosta de dar é a sua admiração por Ayrton Senna. O piloto brasileiro, a que o francês chama de “místico”, referia que por vezes entrava em transe ao conduzir e o loop e repetição de bater recordes volta após volta o levava a uma outra dimensão, um vortex, onde o instinto ultrapassava a consciência. É a descrição perfeita de uma noite com a música de Voiski: uma experiência extra-corpórea vivida à velocidade da luz.
- Nuno Mendonça 


\\ ENGLISH // 


Voiski tells us that his musical life went through an awakening when one day his art teacher locked him in a room for 5 hours, to listen to a Philip Glass piece. In those 5 hours, the fundamental seeds for his music were planted in him. Subversion and repetition. It´s a formula that has served the parisian well, to the point that he is now seen as the maximum exponent of “Post-Laurent Garnier” french techno. 

Repetition is a notorious factor in the luxurious garlands of melody draped over his compositions, where notes expand in spiral over potent motorized grooves, creating a curious mixture that could be described as Steve Reich doing trance, a word that for many became heresy in the last few years in dance music, but from which Voiski doesn´t shy away. Subversion challenges us in the way Voiski applies corrosive, perverse and even melancholic atmospheres, to loose and playful rhythms which stop and start as if hurled at dead end streets and suddenly stop and throw themselves in other directions. These intoxicating and hallucinogenic combinations granted Voiski space in some of the most important labels going currently, like Dekmantel and L.I.E.S or even, just a few weeks ago, the medal of honor that is having the great Leftfield asking him to remix a track from the hystoric Leftism. 

A reference that Voiski likes to mention is his admiration for Ayrton Senna. The brazilian race driver, whom he calls “mystical”, would sometimes tell how he would enter a trance while driving, as the loop and and repetition of successively doing record-breaking laps would transport him to another dimension, a vortex where instinct surpassed consciousness. It´s the perfect description of a night with Voiski´s music: an out-of-body feeling, experienced at the speed of light. 
- Nuno Mendonça
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