18:30 até às 20:00
Lançamento do livro “Fragmentos de uma biografia roída”

Lançamento do livro “Fragmentos de uma biografia roída”

Lançamento do livro “Fragmentos de uma biografia roída”
de Margarida Santos
Dia 30 de maio 2017, 
terça-feira, às 18h30
Jardim da Casa Manuel Lopes
	
Apresentação da obra por Luís Diamantino

Leitura de textos por:
- David Cardoso
- Clara Oliveira

MARGARIDA SANTOS
Nasceu em Gaia em 1946. Licenciada em Escultura pela ESBAP/1968. Professora entre 1968 e 2006. Vários cargos no Ensino. Autora de eventos e programas culturais. Autora de obra pública e privada dentro e fora do país -desenho, pintura, escultura: bustos, retratos, relevos, troféus, múltiplos, medalhas. Fez Monumentos de Arte Pública, de interior e de exterior, em grande escala, implantados em diferentes locais do país. Realizou centenas de obras de autor, dezenas de exposições individuais. Participou em centenas de mostras colectivas. Trabalha em atelier próprio desde os 18 anos. Trabalhou nos média. Há publicações suas dispersas em revistas, jornais, catálogos, antologias poéticas. Publicou os livros «eu amo tu», «Fragmentos de uma Biografia Roída» e «Luz íntima». Tem livros por publicar e continua a escrever.

“Fragmentos de uma Biografia é isso mesmo: fragmentos. Fui guardando papéis soltos que o tempo amareleceu. Às vezes atava-os com fitas, outros com cordéis. Alguns foram agrupados em livrinhos desde os meus tempos da Faculdade. Escrevia os dias num discorrer impulsivo. Quase nunca directo. Muitos foram poupados ao destino do fogo e da água. Rasguei-os ou queimei-os por achar que não tinham qualidade. Sou exigente. Guardei alguns. Fui-os transferindo de gaveta para gaveta; de atelier para atelier; em caixas de vime. Sobreviveram a muita pancada da vida. Continuava a escrever. A casa da gente minga, como nós quando envelhecemos. A vida é para a frente. Eu não mexia naquilo. A Biografia Roída não obedece a nenhuma ordem cronológica. Um dia descobri uma incursão de famílias de ratos nas gavetas dos armários. Os pequenos roedores adoraram fazer vaporosos ninhos com os meus papéis. Fizeram-no com tal perícia que, da obrigatória limpeza, restou o vómito e o sentimento da perda. Ao reunir as sobras, reacendeu-se em mim o desejo de me livrar delas. Antes, porém, comecei a lê-las. Aquilo era o retrato inteiro de uma Pessoa eivada de humanidade. Aprendi a escrever no computador e fui-as transcrevendo sem preocupações temporais… Tarde? Nunca é tarde para se deixar um testemunho de vida.”

https://www.sinapis.pt/products/fragmentos-de-uma-biografia-roida-biografia-memorias
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