18:00 até às 20:00
Cosmic Words | Alejandro Alonso Díaz

Cosmic Words | Alejandro Alonso Díaz

No âmbito do OPEN CALL JOVENS CURADORES  lançado pelas Galerias Municipais em 2016, com o objetivo de acolher, divulgar e apoiar a produção e pensamento artístico contemporâneo na cidade de Lisboa, e reforçar a importância dos jovens curadores como importantes agentes de mediação junto das novas gerações de artistas, a Galeria Boavista acolhe durante este ano os quatro projetos curatoriais vencedores, um ciclo de exposições que se inicia com "Cosmic Words", com curadoria de Alejandro Alonso Díaz, um dos quatro curadores selecionados.

"Cosmic Words" inaugura na Galeria Boavista no dia 20 de abril às 18h00, e reúne trabalhos de Joana Escoval, Karlos Gil, Natalie Hausler, Sophie Jung, Meggy Rustamova, Hannah Weinberger e Florian Zeyfang.

A exposição compreende uma seleção feita por Alejandro Alonso Díaz de artistas que se interessam pelo modo como a linguagem afeta o mundo material. Estes artistas examinam os processos responsáveis pela estruturação da linguagem em relação com aqueles das pedras, plantas, animais e sociedades, permitindo-nos refletir sobre o atual momento de emergência ambiental, ao mesmo tempo que propõem uma empatia material para com o cosmos natural e não-humano no qual coexistimos.

Cosmic Words é uma exposição coletiva que explora os movimentos e as interações entre a matéria e a linguagem, confrontando aceitações socioculturais dominantes que veem a linguagem como uma arena de textos, ideologias, narrativas, códigos e metáforas. Enquanto que o uso comum da linguagem designa uma intenção de comunicar, em última análise, esta é em si mesma um significante físico livre, que pode servir como ponte em direção a uma compreensão do mundo natural construída sobre as bases de forças físicas, fluxos e trocas materiais.

Inspirada em L’Écriture des Pierres de Roger Caillois, esta exposição reflete sobre o modo como o sentido emerge no vórtice de processos biológicos, fluxos de energia, dinâmicas sociais e interações físicas, e em que medida os humanos estão conscientes da axiomática que une estas forças indivisíveis.

No seu livro, Caillois propõe um imaginário de pedras que nos remete para as visões do cosmos de Ovídio, nas quais o inorgânico e o orgânico, pedra e carne, se fundem ao longo do contínuo que unifica tudo. A exposição procura assim criar uma experiência em que diferentes processos de matéria e energia interagem com os caprichos e as vontades das linguagens humanas, para formar uma visão panorâmica – livre das estruturas rígidas e noções ocidentais de progresso e ordem – que nos permite visualizar os ritmos físicos da linguagem que flui através dos materiais, da cultura e da produção de sentido. Um ritmo que se contrai ou que se expande, acelera ou abranda, dando forma a estruturas autopoéticas de conhecimento e relações socionaturais.

A acompanhar a exposição, serão realizadas diversas performances por Joana Escoval, Natalie Hausler, Sophie Jung e Meggy Rustamova, e será editado catálogo da exposição contendo ensaios especialmente escritos para o efeito.

A exposição pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 18h, até 18 de junho.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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