10:30 até às 19:00
Diálogo - como uma aula aberta

Diálogo - como uma aula aberta

Grátis
Diálogo 
– Como uma aula aberta 
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         Com este Diálogo pretendemos regressar às primeiras coisas: aquelas que as crianças notam quando observam a terra, o mar, os animais e os frutos. Aquelas coisas que os velhos gregos discutiam a par dos assuntos da coisa pública. Prestando igual ou até maior importância.

         Mas que coisas são essas que afirmámos serem primordiais? Normalmente, são traduzidas por proposições como: “Isto é azul.”, “Isto cheira bem”, “Isto é só um ruído”, “Isto é um pouco amargo” ou “Isto é áspero”. Todas estas proposições são banais, triviais e, por isso mesmo, essenciais à nossa vida. Apesar de não nos debruçarmos sobre elas, muito tempo além da sua regular enunciação, proposições deste tipo constituem o grosso da gramática do nosso quotidiano. Sem elas a interpretação do mundo seria impossível. E a comunicação entre seres humanos, assim destituída de tanta informação sobre o meio envolvente? E, consecutivamente, sem forma de nos referirmos a dados que denotem os nossos interlocutores: como poderíamos participar da vida comum que construímos diariamente?

         Achamos que estas proposições merecem mais atenção. Atenção essa que não é dada pelos media, nem pelas nossas regulares conversas de café ou esquina. Estas frases e os dados sensoriais para que elas remetem, constituem, a nosso ver, como já dissemos, o que de mais vital há na sobrevivência humana. E parece-nos injusto que sejam abordadas apenas por uns quantos académicos e/ou artistas.

         Foi assim que decidimos ocupar esta casa. Este corpo. Este corpo que estará aberto a todos que o pretendam ocupar. Quem entrar, verá ao seu dispor cinco quartos. Cada um remete para um sentido da nossa percepção. Em cada quarto encontraremos alguém que nele vive obcecado com o sentido que esse quarto representa. Alguém que necessita urgentemente da nossa ajuda. Só é possível que eles saiam do quarto se nós os ajudarmos com as nossas questões. E com as tentativas conjuntas de formulação de argumentos. 

Temos forçosamente que contribuir com o nosso ponto de vista. Não os podemos deixar na orfandade se estes problemas são transversais a todos nós. Se isso significa deixarmo-nos órfãos de nós mesmos.

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Hugo Santos, Manuel Brásio, Clara Forte, Rita Al Cunha, Luís Magalhães e Gil Monteverde

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Espaço Supra Brasileira, Beco dos Fornos, 1.º andar
14 e 15 de Abril, entre as 10h30 e as 19h.

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ENTRADA LIVRE

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uma actividade da AISCA
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