Grémio apresenta: Comer c'os os olhos Jantar Iraniano sessão de cinema ++++++++++++++++++++ Sábado dia 6 de Maio 20h jantar Shirin - Cozinha Vegetariana Iraniana Céu de Vidro »contb.. 10 persas« reservas gremiocaldense@gmail.com 22.15h sessão de cinema "Gabbeh" (1996),Realizador: Monhesen Malkmabaf casa da cultura »entrada gratuita« ++++++++++++++++++++ Comer c'os os olhos é um espaço de imersão cultural através dos sentidos. Comer com os olhos – alimento do corpo, alimento da alma. Alimento do corpo Momento de estar, provar, conversar, ouvir música, mergulhar numa viagem de sabores, sons e cores, saciar o corpo. Alimentar a alma Visualização de um filme de cinema de autor. Dar continuidade à viagem dos sentidos. Sentirmo-nos mais próximos do estar em outro sítio. Uma experiência conjunta em conjunto com o outro. Um entendimento e aproximação de uma cultura estrangeira através dos nossos sentidos, por meio de um lúdico e prazeroso momento de jantar e de visualização de um filme. O jantar introduz-nos os sabores e hábitos de uma cultura ao som de música tradicional do país de origem. O filme transporta-nos para uma outra realidade. Proporcionar um momento de saciedade. O sair de uma sessão de cinema de “barriga cheia”, sentimento que nos preenche quando visionamos um filme que nos trás algo mais do que entretenimento. +++++++++++++++++++++++++++++ Para este primeiro momento temos a cultura Iraniana. Na cozinha como convidada, Rebecca Moradalizadeh de origem portuguesa e iraniana com o seu projecto de comida vegetariana iraniana, Shirin. “Há uma grande necessidade de retornar às origens longínquas. Pérsia. Um fascínio. Nunca lá fui. Ainda não posso. Para além da família, tão distante mas tão perto, as únicas heranças e lembranças retidas que atravessaram as fronteiras – os aromas e os paladares. Trago-os para perto de mim. Re-Crio. Dou a conhecer.” Shirin / Rebecca Moradalizadeh https://www.facebook.com/shirinvegetariancuisine/ O jantar terá um valor de 10 persas Com reserva através de email gremiocaldense@gmail.com Poderão também ser feitas pessoalmente com algum elemento do Grémio. +++++++++++++++++++++++++++++++++ A sessão de cinema é aberta, não serão cobradas entradas para visionamento do filme. "Gabbeh" Ano:1996 Duração:75 min Realizador: Monhesen Malkmabaf "Gabbeh" Filme repleto de cores vivas e ricos detalhes nos trajes e paisagem. Beleza capturada num cenário rural onde primam elementos naturais que complementam a narração do filme atribuindo-lhe uma estética quase mística. Gabbeh leva-nos numa viagem pelo Irão com uma tribo nómada criadora de gado. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Mohesen Makhmalbaf Realizador, escritor, ator e produtor Iraniano nascido em 1957. Ativista político e defensor dos direitos humanos. Na sua adolescência foi preso como prisioneiro político, após a sua libertação virou-se para o cinema. É uma personagem importante na história do cinema iraniano, realizou filmes nos mais variados géneros: minimalista, surreal, documental, realista. Filmes acerca do quotidiano do povo iraniano, na sua grande extensão e diversidade cultural que o engloba. Com um foco em comum a infância e o cinema. Os seus filmes abordam o individuo no contexto social e político em que se encontram. Como reflexo os seus filmes transmitem a história do Irão e do seu povo. Toda a sua obra e da sua família, cinematográfica e livros publicados estão proibidos no Irão. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Acerca da cozinha iraniana A cozinha iraniana beneficia de um vasto testemunho de culturas, do uso de muito tempo. Extensas e ancestrais ligações de troca entre diferentes culturas o que oferece uma variedade de ingredientes. Informação partilhada e passada de geração em geração através de famílias numerosas que transferem esse conhecimento culinário. As forças desta cozinha encontram-se na forte ligação e atenção prestada aos sentidos: o aroma, a textura, a apresentação e a comida nos dedos e na boca. Comidas perfumadas com musk, amber, canfora ou água de rosas um ingrediente comum na cozinha iraniana. O uso e combinação de especiarias: canela, cardomomo, noz moscada, cravinho, açafrão, curcuma, todas aromáticas e misturadas das mais variadas maneiras. Pratos coloridos com o amarelo do açafrão, bagas de romã e consistências cremosas com o crocante dos frutos secos. A comida é cozinhada lentamente e servida com muita atenção aos detalhes, acompanhada por uma porção de ervas comestíveis que pode incluir hortelã, estragão, mangericão, coentros, salsa, cebolinhas, etc. A refeição é servida no chão, usa-se os três dedos da mão direita e à exceção de colher para a sopa ou alguns caldos não se usa talheres. A comida é servida com um pão achatado que ajuda a recolher os alimentos. É um contacto sensorial imediato o facto de comer com as mãos, bastante diferente de comer com um utensílio de metal que nos distancia da comida e não nos transmite imediatamente o impacto sensorial dado pelos alimentos. Não existe hierarquia no momento da refeição todos se sentam no chão numa forma circular com pratos redondos partilhados comummente. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Cinema iraniano O cinema chegou ao Irão em 1900 e teve a primeira sala de cinema na capital Teerão em 1905. A primeira escola de cinema foi fundada em 1925, o que promoveu o desenvolvimento do cinema nacional iraniano. Desde então, o cinema tem servido como reflexo do coração e alma de um país marcado por anos de instabilidade. O cinema nacional iraniano tornou-se um cinema envolvente, caótico e emotivo. Transmitindo o testemunho da resistência e da natureza trabalhadora do povo iraniano e servindo como voz e reflexo através do qual o Irão pode contar as suas histórias. Muitos dos filmes de cinema de autor não são exibidos no Irão, alguns dos filmes que participam em festivais de cinema no ocidente e que inclusive são vencedores de prémios, saem do Irão de forma clandestina. Acusados de imoralidade realizadores, atores e outros artistas são presos, veem os seus filmes a serem submetidos à censura e a ser proibida a sua exibição. Apesar da falta de material das restrições e censuras o cinema iraniano floresce como a mais resiliente flor que brota da calçada. É aclamado e apreciado enquanto forma de arte e enquanto for visto e divulgado o cinema de autor iraniano vive. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Apoios sem os quais a realização deste evento era impossível: Junta de Freguesia da Nossa Senhora do Pópulo | Atelier Arte e Expressãosão | Maratonaona Muito Obrigado ♥
