21:00 até às 16:00
Despertar da Primavera, uma tragédia de juventude

Despertar da Primavera, uma tragédia de juventude

O DESPERTAR DA PRIMAVERA
13-23 jul | Teatro Nacional São João
qua+sáb 19:00 qui+sex 21:00

« de: Frank Wedekind
« tradução: José Maria Vieira Mendes

« encenação: Pedro Penim
« desenho de luz: Daniel Worm D’Assumpção
« desenho de som: Miguel Lucas Mendes
« operação de som: João Neves
« cenografia: Bárbara Falcão Fernandes
« figurinos: Joana Barrios
« mestre costureira: Rosário Balbi
« direção de produção: Bruno Reis
« produção executiva: Bernardo de Lacerda

« interpretação: André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Cláudio Fernandes, Diogo Bento, Gonçal c Ferreira, João Abreu, Mafalda Banquart, Óscar Silva, Patrícia da Silva, Pedro Zegre Penim, Rafaela Jacinto, Sara Leite, Xana Novais

« coprodução: Teatro Praga, Centro Cultural de Belém, Teatro Viriato, TNSJ

« estreia 24Fev2017 Centro Cultural de Belém (Lisboa)
« dur. aprox. 2:00
« M/16 anos

Despertar da Primavera, uma tragédia de juventude é uma peça escrita em 1891 por Frank Wedekind sobre um grupo de adolescentes em conflito com uma sociedade conservadora e moralista. O texto de Wedekind termina com uma conversa entre dois vivos e um morto num cemitério, junto à campa de Wendla Bergmann, rapariga de 13 anos que faleceu vítima de um aborto a que foi forçada pela mãe. O seu apaixonado, Melchior Gabor, recebe a visita do seu melhor amigo, Moritz Stiefel, que traz a cabeça debaixo do braço. Moritz suicidou-se porque não passou de ano na escola e não se sentia capaz de enfrentar os pais. Vem oferecer a sua mão a Melchior, convidá-lo a morrer. Mas Melchior aceita a mão de um outro, a do Senhor Disfarçado, figura primaveril que impede mais uma morte e que na estreia, na encenação de Max Reinhardt, foi representada pelo próprio Wedekind.

Esta imagem final resume o enredo. A crueldade e o amor entre pares, a intolerância geracional e o suicídio são alguns dos motivos queridos pela tradição interpretativa deste texto.

A convite do Centro Cultural de Belém, o Teatro Praga regressa, depois de O Avarento ou A Última Festa (texto de José Maria Vieira Mendes a partir de Molière), a um clássico da literatura dramática para inscrever, num texto e teatro canónico, o lugar dos que não estão incluídos no sistema representativo.

Pretende-se, para isso, trabalhar o expressionismo lírico de uma adolescência disforme com uma linguagem própria que anda longe de bipartições entre cínicos e sinceros, poéticos e racionais, parecendo pairar sobre o que está construído como se não lhes pertencesse.

Se em O Avarento o interesse estava em pensar uma casa ocupada pelo Teatro Praga depois da expulsão do “velho”, O Despertar da Primavera será a casa ocupada por uma puberdade longe da Natureza, da sujeição de um corpo a outro, da construção de identidades, em rito emancipatório e resistindo a todas as normalizações tradicionais. Um lugar onde se exige a coexistência de linguagens e se confundem as referências, onde o desespero é a vida e o suicídio uma vitória. É um espetáculo que segue à procura da humanidade por inventar.

Teatro Praga
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