Orquestra de Câmara Portuguesa - Associação Musical
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Dias da Música em Belém | Meditação e Êxtase Jovem Orquestra Portuguesa Pedro Carneiro direção musical Tatiana Samouil violino Programa: Ralph Vaughan, The Lark Ascending Richard Wagner, Abertura e Bacanal de Tannhäuser Meditação e Êxtase, ou a meditação como meio para chegarmos ao êxtase. Se essa é a grande prova pela qual Tannhäuser tem de passar, abdicando da tentação da carne para poder alcançar o amor puro e idealizado, em The Lark Ascending o poeta propõe-nos como meditação a contemplação do voo da calhandra, para que com esse voo nos deixemos deslumbrar pela natureza. Ralph Vaughan Williams baseou a sua romança para violino e orquestra, The Lark Ascending no poema homónimo do poeta britânico George Meredith, e colocou o seguinte fragmento à cabeça da partitura: “Sobe e começa a girar, Soltando a sua argentina cadeia de som, Múltiplos elos ininterruptos De gorjeios, silvos, portamentos e trilos... Cantando até encher o céu, O amor à terra nos inspira E sempre em alada ascenção Faz do nosso vale sua dourada taça, E ela é de vinho transbordante, Que nos eleva ao partir... Até que, perdidos na luz os seus dourados anéis, Canta por sua vez a fantasia.” Tannhäuser (1845) de Richard Wagner apresenta-nos o mito do Trovador dividido entre os amores da deusa Vénus e de Santa Isabel da Turíngia. Na abertura assistimos a um quase resumo do enredo, com o tema de Vénus em confrontação com o tema dos peregrinos, com o qual chegamos ao êxtase final. Nesta ópera, encontramos uma personagem, um trovador e poeta, que será uma das grandes fontes para as futuras óperas de Richard Wagner sobre a demanda do Graal: Wolfram von Eschenbach.
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