BOCA MURALHA 6-8 Abril | Teatro Carlos Alberto « direção artística, coreografia, cenografia, figurinos, luz: Catarina Miranda « suporte dramatúrgico, música, luz: Jonathan Uliel Saldanha « coreografia, interpretação: Luísa Saraiva « interpretação: Ángela Diaz Quintela « vozes gravadas: Catarina Miranda, Luísa Saraiva « ilustração, vídeo: Diogo Tudela « produção executiva: Ana Renata Polónia « coprodução: SOOPA, Materiais Diversos, Circular « estreia: 22Set2016 Festival Materiais Diversos (Teatro Virgínia, Torres Novas) « dur. aprox.: 40’ « M/12 anos Em edições recentes da Mostra desNORTE já nos havíamos acercado do processo criativo de Catarina Miranda, artista que vem trabalhando com linguagens que intercetam dança, performance, cenografia e luz. Mas Boca Muralha deve ser encarada com o entusiasmo de uma estreia. Pela primeira vez, ela inscreve-se na programação do TNSJ com uma peça finalizada, que nos chega com o selo de produção da SOOPA, um coletivo de criadores nacionais e internacionais que opera no Porto desde 1999 e que é, a um tempo, uma editora, produtora e programadora de concertos, performances, objetos cénicos e fílmicos. Boca Muralha é o último momento de REI, uma trilogia de peças de dança onde Catarina Miranda tem explorado mecanismos cénicos que apresentam estados de tensão, reveladores de conflito e coerção, presentes no imaginário contemporâneo. No interior de uma paisagem limitada por uma secção dourada, dois corpos interagem obsessivamente com o seu próprio reflexo, revelando nos seus gestos vestígios atemporais de práticas de ataque e defesa. Boca Muralha inspira-se nas Fúrias, personagens arquetípicas de ímpeto insaciável por vingança e justiça.