22:00 até às 01:00
Norberto Lobo em residência c/Marco Franco e Ricardo Jacinto►ZDB

Norberto Lobo em residência c/Marco Franco e Ricardo Jacinto►ZDB

Entrada: 8€  | Bilhetes disponíveis na Flur Discos, Tabacaria Martins e ZDB (quarta a sábado das 22h às 02h) | |reservas@zedosbois.org

Norberto Lobo
Terminado recentemente o arco narrativo d’A Volúpia das Cinzas de Gabriel Ferrandini e com A Conference of Stones and Things Previous – VI de Filipe Felizardo ainda em processo de descoberta pessoal, a ZDB continua a estreitar relações de carinho e respeito com alguns dos músicos cujo trabalho aparece de uma forma mais ou menos livre intimamente ligado a esse espaço, através de residências de inigualável valor criativo e humano. Nesse contínuo de trabalho franco e destemido, o nome de Norberto Lobo afigura-se como uma escolha tão natural quanto gratificante dada a sua singularidade e toda uma cumplicidade mútua ao encarar o desconhecido com bravura.

Um dos mais justamente acarinhados e reverenciados músicos que apareceram no burgo, Lobo tem vindo a desenhar com uma minúcia, sede e fascínio únicos um importantíssimo trajecto à guitarra desde que se estreou em nome próprio com ‘Mudar de Bina’ em 2007. Desse primeiro registo onde se delineavam vignettes de recorte melódico puro rendilhadas na americana e no fingerpicking de heróis como John Fahey, Robbie Basho ou Jack Rose com encarnação devida do espírito do enorme Carlos Paredes – desde logo patente no título -, foi explorando contínua e apaixonadamente novos caminhos ao longo de uma duradoura relação com a Mbari em três álbuns como que a evocar desígnios para os expelir numa voz só sua.

Com colaborações mais ou menos perenes em projectos como Tigrala, Denki Udon e com particular pertinência com João Lobo em Oba Loba, a espelharem de forma mais do que digna essa mesma inquietude face à estagnação de formas e conteúdos, Lobo chega com os magistrais e reveladores ‘Fornalha’ e ‘Muxama’ pela suiça three:four a um novo patamar de elevação, onde a sua lírica se imiscuí por entre o mantra, o abismo e o absoluto para se dotar de uma linguagem profundamente sua, mas constantemente aberta, onde harmonia e textura se confundem naquele dedilhar.

É nesse campo aberto e volátil que Lobo se irá apresentar agora para uma residência na ZDB entre os meses de Março e Maio, com três actuações numa relação piramidal estreita com o baterista Marco Franco - polvo com tentáculos que vão da pop ao free e que temos acompanhado recentemente nos Clocks and Clouds ou Memória de Peixe - aos quais se poderão juntar outros músicos naquele que é o mindset mais próximo da gloriosa radição standard em que guitarrista já esteve.  Nesta primeira apresentação junta-se a este duo o violoncelista Ricardo Jacinto – nome com larga actividade no domínio da música improvisada que tem colaborado com gente como Nuno Torres ou David Maranha. Aquela curiosidade enorme que nos deixa imensamente orgulhosos. BS


Formação: Norberto Lobo:  archtop guitarra  | Marco Franco: bateria | Ricardo Jacinto: violoncelo.
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