Há demasiadas coisas boas na vida para ficarmos presos a dogmas. O convite para este sábado de Fevereiro é abrir a mente e dançar até mais não com James Monro. Para uns, o nome será desconhecido mas, para outros, é sinónimo de culto, de viagens propositadas para o ouvir, de eleição fácil como “o meu DJ favorito”. Sabendo que poderá ser um nome não tão familiar para alguns assíduos da pista de Santa Apolónia, é hora de corrigir a lacuna. Como um dos responsáveis pela Flying Rhino Records, fica intimamente ligado ao Goa Trance dos anos 90. Esse mesmo que nasce por força da co-habitação da EBM, do Techno, do Rock Psicadélico, dos ritmos locais indianos e de gente com muita vontade de manter viva uma cultura de liberdade e aceitação que pode bem ser considerada herdeira dos ideais dos anos 60. Passados mais de 20 anos, James já andou um pouco por todo o lado – geográfica e musicalmente. Hoje em dia mantém alguns projectos mais indubitavelmente Trance (como os Bumbling Loons, com Richard Trevor) mas em nome próprio apresenta-se como um DJ versátil e sem preconceitos, a fazer a poção mágica certa através da alquimia perfeita dos ingredientes base: podemos encontrar raízes Techno, Trance, House e até Electro, todos juntos pela dose certa de psicadelismo e expansão. Seja com baixos mais hipnóticos que parecem agarrar em nós e projectarem-nos para diante, sempre para diante, ou nas quebras que oscilam entre a introspecção e a pura euforia, James é mestre em levar multidões a um sítio acima e fora de si. O ritual da dança assume papel principal numa noite onde a música como catalisadora de diferentes estados de consciência brilha forte. Dos maiores e mais empoeirados festivais para os mais abrigados clubs, ele sabe bem como comandar as emoções humanas e levar-nos pela mão numa admirável descoberta sónica. Larguem o mundo lá fora e sintonizem-se na frequência de James Monro. - Inês Duarte \\ ENGLISH // There are too many good things in life for us to stay stuck to boring dogmas. Our invitation for this Saturday in February is to open our minds and dance our asses off with James Monro. For some, he’ll be unknown, but for others his name is synonymous with a cult DJ and mentions of “he’s my favourite!”. We know he might not be a familiar name for many who come through our dancefloor, so it’s time to fix that. As one of the Flying Rhino Records bosses, he became intimately connected to the 90s Goa Trance scene – the sound that is born out of co-habitation between EBM, Techno, Psychedelic Rock, local indian rhythms and people with the will to keep alive a tradition of freedom and acceptance that could be considered heir to the ideals of the 60s. More than 20 years past, James has been around mostly everywhere – both geographically and musically. Nowadays he still keeps projects indubitably more connected to Trance (such as Bumbling Loons, with Richard Trevor) but plays under his own name as a versatile DJ, cooking up the magic potion through perfect alchemy with ingredients drawing from Techno, Trance, House and even Electro, all bound together with the perfect dose of expansion and psychedelia. Be it with rolling hypnotic basses which seem to always propel us further, or through breakdowns balancing from introspective moments to ones of pure euphoria, James is a master when it comes to taking crowds to a place above and beyond themselves. The ritual of dance takes on a central role in a night where music is the main facilitator of different states of consciousness. From the biggest and dustiest festivals to cosier clubs, he knows how to control human emotions and take us by the hand in an admirable sonic adventure. Let go of the world out there and tune in to James Monro’s frequency. - Inês Duarte
