16:00 até às 20:00
Propecto. Princípio, Meio e Ultimação

Propecto. Princípio, Meio e Ultimação

Tomando como referência no presente a indústria fabril na Covilhã, severamente fustigada pela crise, André Guedes encontrou neste caso paradigmático um oportunidade para retomar as ideias revolucionárias sobre a esfera produtiva, social e laboral desenvolvidas, entre outros, pelo escritor, artista, designer e reformador social William Morris, cuja influência foi marcante no contexto britânico da segunda metade do século XIX. 

André Guedes iniciou em finais de 2012 um projeto de investigação e realização artística que tomou forma e ganhou novos conteúdos através de diferentes projetos – cenas –  e localizações (Santander, Paris, Lisboa), todos eles reunidos agora, e pela primeira vez, na presente exposição do Pavilhão Branco sob uma nova re-elaboração com um carácter conclusivo: Prospecto. Princípio, Meio e Ultimação. A sua análise incita simultaneamente uma investigação académica e a prática artística propositiva, método habitual com que o artista vem desenvolvendo a sua obra nos últimos anos. 

Diversos dispositivos — como textos, arquivos fotográficos, protocolos documentais, esculturas ou a instalação fílmica Planalto / Círculo Aberto Ritmo Liberto (Cena III) — inserem-se como entidades numa obra que pode ser lida como uma encenação teatral no espaço, simultânea e coral. O trabalho de André Guedes permite leituras fluidas e abertas, insistindo nos processos dialógicos face às possíveis interpretações parciais de cada uma das suas peças. Daí essa visão crítica e despreconceituosa sobre o suposto status imutável destas, favorecendo antes novas configurações e narrativas que nos obrigam a tomar partido enquanto indivíduos ativos no presente.

Juan de Nieves
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