21:30 até às 02:00
Filme 'Mikambaru' e Livro 'A Lei da Impunidade'

Filme "Mikambaru" e Livro "A Lei da Impunidade"

conversa com
Vanessa Fernandes, realizadora
Miguel Pedrosa Machado, jurista

Depois de vermos a curta-metragem "Mikambaru", conversaremos com a realizadora Vanessa Fernandes e o jurista Miguel Pedroso Machado, sobre o livro do SOS Racismo "Racismo e discriminação: a lei da impunidade".

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Combate contra o racismo: a impunidade está na lei.

A luta contra o racismo em todas as esferas é o fundamento da nossa existência e o âmago da nossa intervenção, pois o racismo está infelizmente presente em todas as dimensões da nossa vida coletiva. A omnipresença do racismo é uma pesada e persistente herança política e cultural que também perdura nas instituições do Estado entre as quais a Justiça.
O SOS Racismo assinala os 20 anos da Lei Contra a Discriminação Racial com esta publicação que reúne um conjunto de contributos e reflexões sobre a Lei, da sua génese à sua (não) aplicação. Se em 1996 a Lei Contra a Discriminação Racial foi um marco histórico pela sua novidade no panorama jurídico nacional, abrindo uma porta de esperança para todos e todas preocupados com a discriminação racial premente na sociedade portuguesa, duas décadas depois o diagnóstico da situação é bem menos animador. E porque, mais do que uma trincheira, a memória é uma frente donde se projetam as lutas do passado e do presente por um futuro melhor. Vinte anos passados e face a um balanço francamente desanimador resultante do menor alcance desta inovação na nossa arquitetura jurídica e da esperança que finalmente acarretava o aparecimento da lei contra a discriminação racial para o combate efetivo ao racismo, temos a obrigação, para além de fazer o balanço deste processo, de voltar à proposta política que responda ao fracasso que caracterizou a estratégia política do Estado português na luta contra o racismo."

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“Mikambaru” significa “reflexo do outro”: é um conceito de espelho, de acto recíproco e adaptação.
Trata-se de uma curta-metragem que observa duas famílias, uma portuguesa e outra guineense, que estão intimamente ligadas através do jovem casal, Eva e Pedro. 
Este projecto foi transcrito numa base de semiótica, em que Eva e Pedro representam, cada um, os seus países de origem e povos respectivos, e os pais são a metáfora das infrastructuras que as geram.  
A entoação do poema de Alda Espírito Santos, “Construir”, apela à esperança e à ideia de mudança.
Fala da relação intercultural, fruto da diáspora africana que, em periferia, ramificam vários subtemas que são apêndices fundamentais dessa diáspora, a dualidade entre os personagens deixados ao sabor de classes diferenciadas, revelam, (ainda que estereotipada, forçada e artificial) a desigualdade, o racismo, o exotismo e o imperialismo. 
Para além dos personagens principais, circulam em torno deles os seus arquétipos personificados: o herói, o santo e a sombra, metáforas do Jardim do Éden e outros personagens religiosos e mitológicos como o mensageiro, Deus, S. Pedro e Cérbero, o cão de três cabeças que guarda o submundo.
E, por fim, uma maçã envenenada nas mãos de Eva pode, certamente, mudar o mundo.
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