Esta cor diferente do silêncio Este projecto dá continuidade ao trabalho que a Colecção B dedicou já aos arquivos culturais da arte na cidade de Évora (com exposições dedicadas a Cachatra, Paulino Ramos e João Cutileiro). Esta cor diferente do silêncio integra um ciclo de conversas e uma exposição, a realizar nos meses de Verão. As conversas, por seu lado, seguem a uma cadência mensal, envolvendo alguns dos protagonistas desses períodos, convidados para trazerem à arena do encontro as suas memórias. Um contributo para pôr em perspectiva factos de uma história que ainda está por contar. Dia 8 de fevereiro, o encontro é com o Frederico Mira George. Às 21:30, na Igreja de Sâo Vicente. Frederico nasceu em Campo de Ourique, Lisboa, em 1970. Aos quinze anos foi trabalhar como assistente para o atelier do Prof. Arq. Frederico Henrique George (tio avô). Foi também durante esse tempo, e sob orientação do tio, que travou conhecimento com variadas personalidades no campo das artes com quem viria a colaborar e aprender: Daciano Monteiro Costa, Lagoa Henriques, João Hogan, Sena da Silva, Sebastião Rodrigues, Fernando Conduto, Martins Correia, Carlos Amado, Tomás Taveira e Fernando Lopes Graça, Maria Judite de Carvalho, Natália Correia. Realizou 19 exposições individuais, a primeira na Sociedade Nacional deBelas Artes: Le Poison Solitaire, 91. Publicou duas antologias da sua poesia, Caixa Negra, editora Quasi, 2006 e Quarenta Romances de Cavalaria e Outros Poemas, Publicações Dom Quixote, 2007. E dois pequenos volumes em edição de autor: As Asas Deles, é Um Imenso Azul espalha-se. Com Eduarda Dionísio, Jorge Silva Melo, João Rodrigues, Vítor Silva Tavares, Vítor Ribeiro (Maçariku) e Luiz Miguel Cintra, Regina Guimarães, Solveig Nordelung e Sofia Afeal, fundou a Associação Cultural Abril em Maio. Veio residir para Évora em 1990. Entre 1990 e 2005 realizou em Évora exposições individuais de pintura, desenho e instalação no Museu de Évora, no Palácio de Dom Manuel, no Grupo Pró-Évora, Igreja de São Vicente, Teatro Garcia de Resende, Direcção Regional de Cultura do Alentejo/MC, entre outros. Foi um os directores artísticos do Teatro PiM/PiMTAÍ-Associação Cultural. Graças ao Mestre Francisco Pomar tornou-se editor do projecto Saudades de Antero. Criou com José Ernesto d'Oliveira o projecto político «Cidadãos por Évora», primeira tentativa de combater a gestão autoritária de Abílio Fernandes. Foi candidato à Câmara Municipal de Évora pelo PSR, momento em que Abilio Fernandes perdeu a sua maioria de acção. Concebeu a primeira retrospectiva de António Charrua no Museu de Évora. Presidiu ao núcleo distrital de Évora da Amnistia Internacional. Foi um dos 100 promotores nacionais para a fundação do Bloco de Esquerda membro da comissão instaladora. Actualmente vive e trabalha em Colares, Sintra. Escritor, Pintor, Estudante de Filosofia das Religiões Comparadas, Radio Host, Frederico, prossegue o seu combate político como Comunista (Trotskista) alinhado na IVª Internacional. Permanece membro do Bloco do Esquerda.
