18:00 até às 21:00
Nuno Henrique

Nuno Henrique

Nuno Henrique volta a expor no Módulo com o projecto intitulado Revolver pedras e cobras,  quarta individual na galeria, e que vem complementar a pesquisa em curso, depois da participação com o projecto O livre uso dos elementos no Museu do Dinheiro, em Lisboa.



Revolver pedras e cobras

Os trabalhos agora apresentados resultam de um olhar atento e continuado [revolver também é meditar] de um desenho—The British Headquarters Map, Manhattan circa 1782. The National Archives of the UK, ref MR1/463—onde através de uma aguarela minuciosa são representados cursos de água que serpenteiam topografias variadas e desaguam em rios com margens ainda por regularizar. Os primeiros caminhos e edificações ocidentais são assinalados, das simples plantas rectangulares, às mais complexas fortificações em estrela. 

O interesse inicial neste mapa deve-se à sua aparência enigmática, a representação de um território que já não existe: uma carta militar que fixou um território já colonizado mas ainda bastante distante da grelha actual. Num segundo momento, quando percebo ambiguidade nas diferentes representações que o compõe—as topografias, os fortes—e assim o potencial para se transformarem por meio do meu trabalho.

Os trabalhos acontecem na ligação dessas representações com elementos exteriores ao mapa—um objecto; um material; um texto, por exemplo a possibilidade de utilizar o vidro resulta numa série de esculturas que ao mesmo tempo que tomam as formas e desenho das referidas topografias, vão além dessas representações. Trabalhando contra e com a representação, libertando o sujeito representado. E se existe algum objectivo é o de apresentar as “pedras e cobras” com imagens difusas em vez de imagens precisas.

Um aspecto importante da minha prática e também deste grupo de trabalhos é o Desenho, é este que permite aceder às representações iniciais, e torna possível a combinação de diferentes elementos. De facto, o que estrutura conceptualmente o meu trabalho é o Desenho; é esse fazer, esse  dar voltas [revolver], que tal como a tempestade, reconfigura, os elementos à sua passagem.



Revolving stones and snakes

The works now presented result from a careful and continued observation [revolving is also meditating] of one drawing—The British Headquarters Map, Manhattan circa 1782. The National Archives of the UK, ref MR1 / 463—represented through a meticulous watercolor, water streams wind around varied topographies, which flow through riverbanks still to be regularized. The first streets and buildings are traced from simple rectangular plans, to more complex star fortifications. 

What initially caught my interest on the map was its enigmatic appearance, representing a territory that no longer exists: a military map that fixed a territory already colonized but very different from its current grid. In a second moment, it was the ambiguity I perceived in the different representations that compose it—the topographies, the forts—thus their potential to be transformed through my work.

The works unfold by connecting these representations with external elements to the map—an object; a material; a text. For example, the use of glass allows for the shapes and traces of the referred topographies to become something else or something more. This way, working with and against representations, sets free their subjects in a new series of sculptures. If there is any purpose to be fulfilled, it is to present the "stones and snakes" with diffuse images rather than accurate ones.

An important aspect of my practice and also of this group of works is Drawing. It allows me to approach the representations, enabling the combination of different elements. In fact, what conceptually structures my work is Drawing. Like in a tempest, it is this turning around [revolving] that reconfigures the elements during its course.

Nuno Henrique (Funchal 1982) licenciou-se em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes do Porto e em seguida participou num projecto individual no Ar.Co, em Lisboa. Concluído o mestrado no Pratt Institute de Nova Iorque, N.H. passa a viver nesta cidade. Além das participações em exposições no país, expõe individualmente nas galerias Twin, em Madrid, e Rooster, em Nova Iorque. Em 2012, recebe o 2º Prémio no Certamen Dibujo Contemporáneo Pilar y Andrés Centenera Jaraba, Madrid. Obras suas figuram em várias colecções nacionais e estrangeiras, de que destacaria  as colecções de Fernando Figueiredo Ribeiro, Lisboa, MG, Alvito, e da Fundación Centenera Jaraba, Madrid.
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