23:45 até às 06:00
Lewis Fautzi x V i L

Lewis Fautzi x V i L

Lewis Fautzi (official) 
Até há uns meses atrás, escrever sobre Lewis Fautzi implicava ter de usar a dada altura muletas de escrita como “promessa” ou “carreira em ascensão”. Mas em 2017, é redutor e obsoleto referirmo-nos ao trabalho e percurso de Luís Gonçalves nesses termos. Neste momento, a “noite líquida”, parafraseando Jim Morrison, que é o som de Lewis Fautzi, estendeu a sua sombra um pouco por todo mundo, e engoliu na sua passagem uma série de clubs, eventos e nomes que o dotaram de uma massa gravitacional com um efeito cinético impossível de ignorar.

A propósito de termos que se aplicam à música de Lewis Fautzi, poucos são mais acertados do que os que a famosa loja de discos berlinense Hardwax usa para a qualificar: “sem compromissos”, “efectiva”, “poderosa”, “soberba”, até mesmo “perfeita”. Normalmente, a Hardwax sabe do que fala, e só podemos concordar. Mas podemos complementá-la com alguns dos nomes que atrás referimos como engolidos pela sombra de Fautzi. Artistas como Oscar Mulero, Sleeparchive, Sigha ou Christian Wunsch, labels como a Soma, Figure ou Pole Group, são alguns dos tais nomes que requisitaram ou prestaram os seus inestimáveis serviços a Lewis Fautzi, e não se costumam associar com meras promessas. Ou seja, temos que começar a encarar Fautzi como uma referência, e no que respeita ao techno português, equivale já a falar da sua figura maior.

A música negra, cromada, polida como nova de Lewis Fautzi, abranda um pouco a “warp speed” a que parece mover-se nos últimos tempos, para encarar agora a nave-mãe de Santa Apolónia, com outro fenómeno do techno português, V I L, como co-piloto. Os nossos sensores indicam que o próprio tecido do espaço e do tempo verá os seus limites testados.


V i L 
Perturbando a paz e apoquentando os cepticos, há movimentos na noite lisboeta dispostos a temperar a sua tão famosa luz própria, com mais profundos tons negros. O colectivo Warface é um dos mais definidos e activistas desses movimentos, e é dele que emerge um vulto, V i L, o lisboeta Nuno Costa. A arma para a perturbação colectiva é o techno, mas um techno não ancorado só ao 4x4 e “cabeça para baixo”, permitindo-se fugas a vertentes mais ambientais e mentais, no entanto resolutamente sombrio e assertivo, com claras afinidades às abordagens mais europeias do género conforme cimentadas pela armada espanhola encabeçada por Oscar Mulero, os industrialistas britânicos e os mentalistas italianos. Nas produções que vai intercalando nos seus DJ sets propulsivos, nota-se que a cartilha está bem apreendida e pronta a ser expandida. O manto de V i L recai esta noite sobre a pista do Lux, prometendo eclipsar a luz de Lisboa.

Textos: Nuno Mendonça

\\ ENGLISH //

LEWIS FAUTZI
Up until a few months back, writing about Lewis Fautzi would require using writing aids like “promising” or “ascending career”. But now in 2017, it´s reductive and obsolete to refer to his work and path in such terms. At this moment, paraphrasing Jim Morrison, the “liquid night” that is Luís Gonçalves´ music, has cast it´s shadow all across the world, and swallowed in it´s passage a series of clubs, events and names which have provided it with a gravitational whose kinetic effect is impossible to ignore.

Speakins of terms that could be applied to Lewis Fautzi´s music, few are more well qualified than berlinese techno institution Hardwax to classify it: “unconpromising”, “effective”, “pounding”, “superb”, and even “perfect”. Usually, Hardwax knows their stuff and we can but agree. But we can complement it with some of the names that we mentioned before has being swallowed by Fautzi´s shadow. Artists like Oscar Mulero, Sleeparchive, Sigha or Christian Wunsch, labels like Soma, Figure and Pole Group, are just some of those who have requested or lent their invaluable services to Lewis Fautzi, and they don´t usually associate with mere promises. This means we have to start looking at him as a reference, and when it comes to portuguese techno, this means we´re in the presence of it´s biggest player.

Fautzi´s music, all new black, polished chrome, now slows the warp speed which seems to have been moving it just enough to face Santa Apolónia´s mothership, with a another phenomenon of portuguese techno, V I L, as it´s co-pilot.  Our sensors indicate that the very fabric of space and time is about to have it´s limits tested.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android