16 de Dezembro | 21h30 | Teatro do Bairro Entrada Livre (sujeita à lotação da sala), reservas: 21 0113406 A Universidade de Lisboa (ULisboa) organiza o FATAL – Outras Cenas que apresenta espetáculos ou grupos premiados ao longo de várias edições do Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa. O TEUC - Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra, premiado em 2016 com o Prémio FATAL – Cidade de Lisboa (com o apoio da CML) atribuído ao espectáculo mais inovador apresentado no Festival, traz a Lisboa, imediatamente após a estreia em Coimbra, a sua mais recente produção, encenada por Paula Garcia, a partir da obra As Regras da Atração de Bret Easton Ellis, com texto integral Descrição de um Quadro de Heiner Müller e excerto de Os Europeus de Howard Barker: ESTEPE Na vaga de fundo, a recusa: No Wave. Os artistas/amadores/actores fazem filmes com as folhas do guião penduradas na parede, pedem as chaves de um apartamento a uma agência de imóveis e filmam uma longa-metragem durante a noite, tocam todos numa banda (mesmo que não tenham nunca pegado num instrumento). Tudo isto num cenário de crise económica onde a beat generation é saudada: “EVERYTHING BELONGS TO ME BECAUSE I’M POOR”. É sempre importante não nos levarmos a sério. É importante fazer espectáculos de teatro sem ter o texto decorado. Sem ter de agradecer no fim. Sem ter de. O teatro é o que se quiser fazer dele. O cinema é o que se quiser fazer dele. E, ao dizer isto, ao dizer que a arte é o que se quiser fazer dela, a haver seriedade, ela encontra-se na resistência. Porque se a arte é o que se quiser fazer dela, já os corpos que a habitam e fazem, não são uma extensão de uma identidade artística ou social. São o que são, são o que vão sendo. O corpo não é o que se quiser fazer dele (qualquer gripe relembra-nos disso), muito menos um território de experiência para alcançar “objectivos” ou chegar à imagem da pessoa que se pretende ser. Na paisagem contemporânea que habitamos, habilmente geometrizada em lógicas de espelhamento, pouca vida resta que não sirva à replicação do que possa ser traduzível como valor. ESTEPE é um terreno árido, com pouca vegetação. O pouco que sobrevive, resiste. Ficha Técnica e Artística Encenação | Paula Garcia Assistência de Encenação | Sónia Tigre Interpretação | Ana Lopes | Carolina Moreira | Catarina Carrilho | Catarina Arteaga | Emanuel Santos | Inês de Miranda | Renata Montojos | Xénon Cruz Desenho de Luz | Vera Silva Sonoplastia | Sónia Tigre Equipa Técnica | Vera Silva | Sónia Tigre | Marta Rangel Figurinos | Carolina Moreira | Emanuel Santos | Rafaella Theodoro Cenografia | Ana Paula Mateus | Ana Rita Amado Design Gráfico | Renata Montojos Produção | TEUC 2016 e ULisboa Agradecimentos | Jorge Ribeiro | Carlos Gago | ORFEON | CEC | TAUC | Jorge Moreira | Teatro do Bairro